21 maio 2015 - 0h02

Apesar de promessas, clube não deve trazer grandes reforços

Apesar do discurso da diretoria atleticana de que 2015 seria o “ano do futebol” no clube e até mesmo declarações do presidente Petraglia confirmando a contratação de reforços de peso para o Brasileirão, ao que tudo indica as promessas não devem virar realidade. Afinal, passados 45 dias desde que a diretoria do Atlético prometeu reforços para o restante da temporada, o time que encara a sequência do Campeonato Brasileiro não deve ficar muito diferente do que os atleticanos viram até aqui.

No momento, os principais nomes especulados são de Luiz Paulo, do Madureira-RJ, e Núbio Flávio, do Icasa-CE, que podem ser anunciados nos próximos dias. Outro grande reforço pode ser a volta do atacante Éderson, que nesta quarta-feira (20) informou que pode estar retornando ao clube (clique aqui e confira a reportagem).

A expectativa em relação a composição do elenco aumentou após o vexame no Campeonato Paranaense. A diretoria do Rubro-Negro resolveu tomar atitudes enérgicas para melhorar o desempenho da equipe, que disputou o Torneio da Morte, e prometeu pelo menos cinco reforços no prazo de 30 dias, mas até aqui a promessa não foi cumprida.

O episódio mais emblemático foi quando o presidente Mário Celso Petraglia respondeu alguns torcedores sobre a contratação de jogadores. “Estamos prontos para montar um grande time. Depois pagar a conta da melhor forma. É o que a torcida quer, vamos em frente”, chegou a dizer o mandatário, em um grupo do aplicativo WhatsApp.

O primeiro sinal de atividade foi quando o volante Jadson, que estava na Udinese, acertou com o Furacão, assim como Ítalo, do Audax-SP. A promessa do presidente passou a fazer ainda mais sentido quando Walter, com boa passagem pelo Goiás, assinou com o Atlético.

No entanto, os reforços pararam por aí, apesar de diversos nomes chegaram a ser especulados, como o de Jorge Moreira, Jorge Recalde, Paulão e Bruno César. Enderson Moreira, então técnico do Furacão, ainda indicou o nome de Alán Ruiz para reforçar o setor criativo da equipe.

Busca por reforços freia em questões financeiras

Por enquanto, apesar de muitas especulações no mercado, as novidades pararam por aí. O ex-técnico Enderson Moreira, que desde a sua estreia exigia publicamente da diretoria a busca por reforços com experiência, acabou demitido. Semanas depois, em entrevista a RPC TV, Petraglia deixou claro que não formaria um time apenas com indicações de técnicos e assumir um compromisso duradouro com esses atletas.

No lugar de Enderson assumiu Milton Mendes, então da Ferroviária-SP. Com o discurso oposto ao do ex-treinador, Mendes disse ao Globoesporte.com que não iria exigir mais jogadores. “Estou contente com os jogadores que temos. Não vou pensar em reforços agora. ”

O balde de água fria veio do próprio Mário Celso Petraglia, que em reunião do Conselho Deliberativo, na última segunda-feira (18), disse que em virtude dos gastos com a reforma da Baixada, o clube não deve mais procurar reforços de peso em 2015. O presidente culpou o Governo e a Prefeitura de Curitiba de não arcarem com sua parte no custeio da reforma da Arena.

As declarações tornam mais remoto o sonho de uma possível volta do atacante Éderson, que nesta quarta-feira (20) disse que poderia retornar ao clube – ele está emprestado ao Al-Wasl , dos Emirados Árabes.

Ou seja, "o ano do futebol" prometido pela diretoria atleticana no fim de 2014 deverá ser adiado mais uma vez.



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