Bipolar e com dez
Até posso dar um pouco de desconto para o que o Atlético não jogou em BH. Quando em casa,apoiado e exigido pela torcida e porque joga no limite técnico, coloca ‘o coração no bico da chuteira’ e o desgaste físico e emocional é muito grande.
Mesmo assim considero o Furacão bipolar. Não compreendo como pode ser tão convincente nas vitórias na Arena e tão apático quando atua fora. Sabíamos que o Caldeirão seria um diferencial, mas não imaginava que o time ficasse tão dependente da torcia.
O que mais aborrece é que, exceção justamente deste último confronto, o time inicia bem, arrumadinho e sem retranca, mas a partir de certo momento, simplesmente, desaparece em campo. Foi assim em Goiânia, com 30 minutos de bom futebol;repetiu contra a Macaca, jogando bem o primeiro tempo todo. Contra o Grêmio foi um pouco mais linear, mas lá havia uma avenida chamada Guilherme Arana.
Os técnicos adversários corrigem seus times durante o jogo; Milton Mendes parece não possuir essa capacidade. Todo mundo sabe das deficiências do elenco. Ele já tentou de tudo para tornar o meio mais criativo, passando por Bady, Felipe, Ytalo, Giovanni, Marcos Guilherme (puxando da ponta)e o Jadson, embora quem tenha avançado mais sábado fosse o Hernani.
E aí a minha segunda afirmação do título. Jadson não entrou em campo. Não corre, caminha. Não combate, só faz passe curto e para o lado e mesmo assim erra. E como errou sábado! Em parte pela falta de opção foi mantido até o fim.
Alegrias em casa é um consolo. Mas fora, já nem dá vontade de ver.