22 jul 2015 - 10h43

A sina de perder fora de casa

O Atlético terá de superar sua dificuldade de jogar fora de casa, nesta edição do Campeonato Brasileiro, nas próximas rodadas, para voltar a sonhar com o topo da tabela na competição. Se por um lado o Rubro-Negro já provou que pode jogar bem como visitante, do outro, possui um retrospecto negativo, e tem pela frente dois jogos fora de casa, contra Avaí, no próximo sábado (25), às 18:30 horas, na Ressacada, pela 15ª rodada do Brasileirão, e contra o Palmeiras, no domingo seguinte (02/08), às 11 horas, na Arena Palestra, pela 16ª rodada.

Desde o início do Campeonato Brasileiro até a 14ª rodada, o Furacão jogou seis vezes longe da Baixada. Nessas oportunidades, venceu apenas uma partida, e perdeu cinco, sendo que a defesa foi vazada em todas as partidas. O aproveitamento foi de 16,6%, e o saldo de gols de menos sete.

As derrotas vieram diante do Goiás, na segunda rodada, por 2 a 0, Grêmio, na sétima rodada, por 2 a 1, Ponte Preta, na nona rodada, por 2 a 1, Cruzeiro, na 11ª rodada, por 2 a 0, e Corinthians, na 12ª rodada, por 2 a 0. O único triunfo Rubro-Negro foi contra o Joinville, na terceira rodada, quando venceu por 2 a 1 a equipe catarinense.

Performances do time servem de esperança para o Atlético

Mesmo com os revezes, há quem ressalve as performances do Rubro-Negro nos jogos longe de casa. O técnico Milton Mendes destacou o comportamento da equipe fora da Baixada: "Se a equipe estivesse jogando mal, não tivesse um padrão de jogo, seria preocupante. Mas, em vários jogos, envolvemos as equipes, mesmo aquelas com um poderio financeiro maior", disse, ao site oficial do clube. Na última partida como visitante, contra o Corinthians, o técnico também elogiou a equipe: “Nosso time taticamente foi perfeito. Todos tentaram buscar o resultado, de uma forma organizada e com critério”, comentou logo após o jogo.

Na ocasião, o Rubro-Negrou teve quatro chances claras de gol mas não marcou. Para o colunista da Furacão.com Juarez Vilella Filho, apesar das derrotas, na maioria dos jogos, o Atlético apresentou um bom futebol, mas pecou na conclusão das jogadas: “Fato é que, com exceção dos jogos contra Goiás e Cruzeiro, em todos os demais tivemos chance de ao menos empatar, mas faltou qualidade e capricho nas oportunidades. A postura nas últimas partidas fora tem sido boa e acho que com um pouco mais de atenção e cuidado os resultados virão”, disse.

Já para Guilherme Moreira, do Portal Terra, o principal fator para o Atlético não conseguir vencer fora de casa, é a falta de opções que o elenco tem para desiquilibrar uma partida: “O Atlético-PR tem um time titular bem encaixado e que cumpre taticamente o que o Milton Mendes pede. Mesmo quando tem alguma baixa pro jogo seguinte, o nível e o desempenho se mantém, com a exceção da derrota para o Cruzeiro. Só que possui apenas um diferenciado, que veio realmente como reforço: Walter, que ajuda com gols, assistências e movimentação que abre a defesa. Ele é o único com poder de decisão no time, que chama a responsabilidade e isso faz diferença nos jogos”, comentou.

Carneiro Neto, colunista da Gazeta do Povo, analisa que se o Rubro-Negro almeja algo a mais no Brasileirão, terá de conquistar bons resultados fora de casa: “O Atlético é um bom time, se comparado com o desempenho no Paranaense, mas mediano para o nível do Brasileiro. O desempenho fora de casa tem que ser próximo dos 50% se o time almejar algo mais do que uma posição entre o sexto e o décimo”, disse em entrevista ao jornal.



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