Liberação da cerveja será votada essa semana
Após a tramitação nas diversas comissões temáticas da Câmara de Vereadores de Curitiba, o Projeto de Lei 005.0039.2015 de autoria de diversos vereadores e capitaneado por Pier Petruziello que dispõe sobre a venda de bebidas alcoólicas em arenas e estádios esportivos vai ao plenário para votação esta semana.
O projeto prevê que as bebidas só poderão ser servidas em copos ou garrafas plásticas e com teor alcoólico, no caso de cervejas industrializadas ou artesanais, de até 14%. O consumo em camarotes e áreas VIP é permitido pela proposta que mantém a vedação à venda para menores, conforme dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Grande parte dos torcedores dos clubes da capital apoiam a medida e até mesmo uma página no Facebook pede que se libere a cerveja. O tema é alvo de muitos debates, tendo em vista que na Lei Geral da Copa houve expressa liberação de sua venda e consumo e o que se viu foi muita empolgação nos estádios sem maiores problemas devido a bebida. Problemas que infelizmente seguiram acontecendo a partir de 2008 quando a cerveja passou a ser proibida nos estádios, demonstrando que o foco da violência não é a bebida vendida legalmente e com fiscalização dentro dos estádios e pode ter causa sim no consumo exagerado de álcool, juntamente com entorpecentes e as corriqueiras rixas entre gangues travestidas de torcedores e que por muitas vezes brigam há quilômetros de distância dos estádios e horas antes ou depois das partidas.
Grande parte dos torcedores que frequentam os estádios sabe disso e ainda que não exista nenhuma norma e sim uma recomendação para a proibição, a cerveja foi abolida dos estádios, em atitude que limita o poder discricionário do cidadão. A questão é simples: a violência deve ser combatida dentro e fora dos estádios e em qualquer ambiente. Há brigas e confusões em shows, casas noturnas e demais eventos em que haja aglomeração de pessoas e nem por isso a cerveja foi eleita como vilã de todos os males. Por que no futebol ela foi?
O que as torcidas exigem é uma correta aplicação de punição a quem delinquir, a quem exagerar, a todo pseudo-torcedor que venha a prejudicar seu clube pelos excessos cometidos, mas não a punição ampla, irrestrita e pré-concebida como nos dias atuais.