Depois da tempestade…
Para vocês todos que, como eu, tiveram uma péssima noite de sono em função da derrota para o coletivo de porcos, escrevo, não só de ressaca mas também inspirado na resposta de Henrique Gaede ao Petraglia: em 1995 tomamos um sarrafo do ‘time que precisa de nome de bairro/igreja para alcançar alguma glória’ e, de lá para cá, presenciamos grandes transformações no nosso clube, as quais nos alçaram a outro patamar. Muito já se falou sobre isso e, no momento, cumpre, no meu modo de ver as coisas, fazer desse novo revés outro trampolim para o sucesso.
Nada esperávamos do time no início do Brasileirão, mas, agora, depois de flertarmos com a liderança e com o G4, essa sucessão de derrotas nos coloca novamente em condição mediana, até morna, com o que uma (nova?) meta deve ser traçada: lutar pelo título da Copa Sul-americana. Já ouvimos que ela seria priorizada, fato; no entanto, nosso arsenal de desculpas diante de mais um fracasso em atletiba se esgota diante da insuportável superioridade dos coxas quando consideramos a disputa do clássico. Se tomamos de 5 cinco deles no passado e se hoje contabilizamos menos de 10% de aproveitamento contra eles em jogos disputados entre os clubes no Tremendão, desde 2008, se não me engano, é mais do que necessário retomar a noção de que ‘ok, o Campeonato Paranaense é um lixo, mas pra ganhar o Brasileirão ou a Sul-Minas com os coxas no páreo é preciso, sim, derrotá-los.’ E derrotá-los com veemência dentro de campo, para que se calem e se convençam de que o ‘irmão caçula foi/é mais sagaz, não se prendeu a um único título grandioso (ganho com saldo negativo de gols e com mais derrotas do que vitórias) e conquistou coisas maiores (muitos deles já sabem disso e expõem esse convencimento quando passam por fase crítica, vide comentários que os colunistas verdes tecem em sites relacionados ao clube rebaixado no centenário). Sendo assim, basta de noites mal dormidas, basta de ouvir/ler ofensas relativas à construção do nosso estádio (ah, sim, porque eles vomitam o fato de terem construído o próprio estádio com recursos próprios, achincalham com a condição do tal ‘potencial construtivo’, mas se esquecem de que seus próprios dirigentes também cogitaram a parceria público-privada para a construção de um novo estádio e de que sonegam IPTU há décadas, além de outra sorte de impostos).
Então, finalmente, se não nos for dada a condição de zoar dos ervilhas porque os derrotamos em campo, que ao menos tenhamos algo mais concreto (não aquele cinza da Baixada), mas uma taça reluzente de outro grande campeonato, porque de estrutura e superavit estamos fartos. É isso.