28 out 2015 - 21h54

Priorizou, dançou!

Medíocre. Assim pode ser descrita a partida feita pelo Atlético diante do Sportivo Luqueño, nesta quarta (28), que valia a classificação para a semifinal da Copa Sul-Americana – competição tida como prioridade e na qual a diretoria rubro-negra apostava todas as suas fichas. Mesmo com a vantagem obtida no primeiro jogo, o Rubro-Negro entrou nervoso em campo e acabou tropeçando nos próprios erros: com falhas grotescas do setor defensivo, sofreu 2 a 0 no primeiro tempo e não conseguiu reagir.

Jogando pelo empate, o Atlético começou a partida querendo se impor em campo e partindo para o ataque, mas sem muita organização. O castigo veio logo. Aos três minutos, em bola lançada na área, Kadu dominou e ao tentar sair jogando entregou nos pés de Ortega, que ainda deu um chapéu em Vilches antes de encobrir Weverton para marcar um belo gol e acabar com a vantagem do Furacão. Com o 1 a 0, a vaga seria decidida nos pênaltis, então o Rubro-Negro foi para cima em busca do empate, mas sem levar perigo à meta de Jorge Chena. Nas poucas chances criadas, o time pecou na finalização. E o Luqueño, incentivado por sua inflamada torcida, aproveitou a apatia do Furacão para, aos 35, marcar o segundo. Mendieta invadiu a área pela esquerda e Hernández, meio estabanado, fez pênalti. Weverton defendeu a cobrança de Leguizamón, mas a bola sobrou nos pés do zagueiro que, no rebote, marcou.

Precisando de um gol para seguir na competição, o Atlético voltou para o segundo tempo ainda mais desorganizado, com Dellatorre entrando no lugar de Hernani e deixando o time sem formação tática definida. No abafa, aos três minutos o Rubro-Negro conseguiu uma falta na entrada da área. Nikão cobrou bem, mas o goleiro paraguaio fez boa defesa. Aos 13, Dellatorre entrou pela direita e recebeu belo passe de Walter, mas errou o chute e desperdiçou boa chance. E, na melhor chance do Furacão no jogo, Nikão tabelou com Dellatorre pela esquerda e tocou para o gol, mas Chena estava esperto e salvou o Luqueño. Cristóvão Borges ainda colocou Cléo em campo, no lugar de Eduardo, deixando o time com quatro atacantes, mas o time paraguaio estava tranquilo e abusava da catimba, que o Rubro-Negro não conseguiu superar. Nikão ainda acabou expulso por tentar agredir um jogador adversário quase no final da partida, reflexo do desespero que tomou conta da equipe.

Pudera. A eliminação na Copa Sul-Americana “jogou uma pá de cal” na temporada do Atlético. O time sofreu para não ser rebaixado no Campeonato Paranaense, foi eliminado pelo Tupi-MG na segunda fase da Copa do Brasil, caiu assustadoramente de produção no Campeonato Brasileiro, já não tendo chances de buscar as primeiras posições e ainda correndo risco de cair para a Série B e, agora, está fora da competição que era tratada como prioridade.

Ninguém aguenta mais!

ESTABANADOS: Kadu dominou a bola, quis sair jogando e entregou a bola nos pés do adversário, que chapelou Vilches e tocou por cobertura para marcar um golaço; Hernández entrou perdido em campo e fez um pênalti totalmente desnecessário que resultou no segundo gol do Luqueño.

NERVOS À FLOR DA PELE: Se alguém tentou jogar no Atlético, este foi Nikão. Talvez provocado pelas ofensas racistas que recebeu, o jogador foi o melhor do Rubro-Negro, mas estava visivelmente nervoso. Tanto que tentou agredir o adversário no final do jogo e acabou sendo expulso, prejudicando ainda mais o Furacão.

OS GOLS

1×0 – 3’/1º: Jorge Ortega – Em bola cruzada para a área atleticana, Kadu dominou e, displicente, tentou sair jogando sem perceber a chegada de Ortega, que roubou a bola, deu um chapéu em Vilches e tocou por cima de Weverton para abrir o placar.

2×0 – 35’/1º: José Leguizamón – Mendieta invadiu a área pela esquerda e foi puxado por Hernández. O árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Weverton defendeu, mas o rebote sobrou para o próprio cobrador, Leguizamón, que não desperdiçou.

PRÓXIMOS JOGOS: Chapecoense (fora), Avaí (casa) e Palmeiras (casa).

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