As estatísticas do Brasileiro 2015
Chegou ao fim a temporada 2015 do Atlético no último domingo, 06, após a disputa da última rodada do Campeonato Brasileiro. Despedida doída, perdendo por 5 a 1 para o Santos na Vila Belmiro, e que comprovou a síndrome de Dr. Jekyll e Mr. Hyde, personagens opostos do famoso livro O Médico e o Monstro, na competição deste ano: campanha excelente no primeiro turno e campanha medíocre no segundo turno. Com a queda assustadora no rendimento, apenas a 10° colocação na classificação final.
O site Footstats, a maior empresa de estatísticas especializadas em futebol na América Latina, divulgou os números atualizados e finais da competição, e a Furacao.com os reuniu para mostrar a você, torcedor atleticano, o desempenho detalhado do Rubro-Negro no Brasileirão desta temporada.
Confira abaixo, por categorias, os números do Furacão e os compare com as estatísticas alcançadas na disputa do primeiro turno.
Pontuação e Gols
Foram 114 pontos em disputa com o Atlético conquistando 51, totalizando um aproveitamento regular de 44,74%. Esta pontuação deixou a equipe no meio da tabela, na 10° colocação. O campeão foi o Corinthians, que alcançou 81 pontos e um aproveitamento de 71,05%. A pontuação foi recorde na era dos pontos corridos e com 20 clubes.
Quanto aos gols, o Furacão marcou 43 e sofreu 48 gols, angariando um saldo negativo de 5 tentos. A equipe marcou, em média, 1,13 gols por partida e sofreu 1,23. O desempenho ofensivo se igualou com a classificação na tabela, ficando na 10° posição, enquanto o defensivo foi o 8° pior. Quebrando mais recordes, o Corinthians ficou na liderança nos dois quesitos: marcou 71 gols e sofreu 31.
O artilheiro atleticano foi o atacante Walter, que balançou as redes dos adversários por 9 vezes. Depois, Ewandro, com 5 gols, e Marcos Guilherme e Nikão, ambos com 4, completam a lista dos maiores goleadores do Atlético. Todos ficaram muito longe do artilheiro da competição, o veterano Ricardo Oliveira, do Santos, que marcou 20 gols, seguido por Vágner Love do Corinthians com 14, Jádson-COR, Lucas Pratto-CAM e André-SPT, todos com 13 gols.
Os gols da equipe se dividiram da seguinte forma: 36 de dentro da área (83% do total), 4 de pênalti (9%), 2 de fora da área (4%) e apenas 1 de falta (2%). Os últimos 15 minutos de cada tempo foram onde o Atlético concentrou seus gols, marcando 9 ao final do primeiro tempo e 10 ao final do segundo. Enquanto que os últimos 15′ da primeira etapa, com 9 gols, e entre os minutos 60′ e 75′, com 12 gols, foram onde a equipe mais sofreu.
Finalizações, Assistências, Dribles, Passes e Lançamentos
Walter, o típico jogador "chuta-chuta", alcançou o número de 38 finalizações certas e 53 erradas. Estas estatísticas o colocam como o quarto jogador que mais acertou e o primeiro que mais errou em toda a competição. Dentro do elenco, Marcos Guilherme, com 26, e Nikão, com 12, acompanham o avante nas finalizações certas, enquanto que Hernani, com 39, e Otávio, com 30, foram os outros dois atletas que mais erraram seus chutes. No geral, o gringo Lucas Pratto, do Galo, acertou 52 chutes, liderando esta estatística, e errou outros 51, ficando logo atrás de Walter.
É considerado uma assistência para gol o último passe antes do atleta finalizar. Desde que a jogada pessoal do artilheiro não seja extensa, também é considerado o último passe como assistência. isto posto, Nikão foi o maior garçom do elenco, com 7 assistências, seguido por Walter e Marcos Guilherme, ambos com 4 assistências. O ex-atleticano Jádson foi o maior assistente da competição, com 12 passes para gol ao todo.
Eduardo, lateral direita, ficou com o título de maior driblador do Rubro-Negro. O atleta completou 21 de suas ações de drible. Nikão, com 19, e Walter, com 11, foram outros atleticanos que se sobressaíram neste quesito. Bruno Henrique, do Goiás, foi o maior driblador geral, completando 29 dribles, enquanto Paulinho do Flamengo, e Alexandre Pato e Bruno, ambos do São Paulo, ficaram no lado negativo, falhando em 14 tentativas.
Mantendo a tendência vista no primeiro turno, Otávio, a grande revelação rubro-negra desta temporada, foi quem mais acertou passes: um total de 1.335. Também passando a casa do milhar, o lateral Eduardo acertou 1196. Hernani ficou em terceiro com 924 passes corretos. Já do outro lado, Eduardo errou 189 passes, seguido por Walter, com 146, e Hernani, com 142. O maior passador da competição foi o também volante Rafael Carioca, do Atlético Mineiro, que completou 2.025 passes. Já Renê, do Sport, foi quem mais errou, falhando em 249 ocasiões.
O quesito de lançamentos abordado pelo site é dominado por goleiros, por conta dos tiros de meta e dos chutes para frente após um recuo. Weverton, que vem melhorando sua saída de bola desde a última temporada, acertou 238 lançamentos contra 243 de Victor, do Atlético-MG, e errou 335 "chutões" contra 438 erros de Agenor, do rebaixado Joinville.
Perda de posse, Viradas de jogo e Impedimentos
Mais importante que uma equipe manter a posse de bola, é não perdê-la. Walter foi, de longe, quem mais perdeu a bola no elenco: 255 vezes. O atacante é seguido por Nikão, com 198 perdas, e Eduardo, com 182. Bruno Henrique, do rebaixado Goiás, perdeu a posse de bola 312 vezes.
O quesito "Viradas de jogo" deixou o Atlético em uma posição desconfortável quando é abordado o lado negativo, os erros. Hernani, com 11, seguido de Otávio e Walter, ambos com 8, foram os que mais erraram não só do elenco, mas de toda a competição – Lúcio Flávio, do Coritiba, também errou 8 inversões. Otávio, com 46 viradas, Walter, com 42, e Nikão e Hernani, ambos com 26 inversões, foram os que mais acertaram do time. Já no geral, Fernando Bob da Ponte Preta acertou 65 viradas de jogo.
Quando o assunto é impedimento, nada mais normal que o único atacante do sistema fixo e imutável do Atlético lidere a lista. Walter foi pego em posição irregular em 25 ocasiões. Douglas Coutinho, 7 vezes, e Nikão, 6 vezes, foram os outros jogadores que ais vezes ficaram impedidos. Clayton, do Figueirense, foi quem mais ficou na banheira: 33 vezes.
Desarmes, Rebatidas, Defesas, Faltas e Cartões
Destaque da equipe e da competição, Otávio lidera o quesito de desarmes corretos. A jovem promessa acertou 132 desarmes, contra 117 de Rodrigo Dourado, do Internacional, o segundo que mais desarmou no Brasileiro. Dentro do Atlético, Eduardo com 83 e Hernani com 63 desarmes completam o pódio. Do outro lado o trio também aparece, mas com as posições invertidas: Hernani e Eduardo foram os que mais erraram, com 13 erros, seguidos por Otávio, com 11 falhas em desarmar. Fabinho, do Figueirense, foi quem mais falhou neste quesito, com 26 erros.
O quesito das rebatidas é próprio para zagueiros, mas no Atlético um intruso está no meio. Kadu lidera, com 288 rebatidas, mas o lateral direita Eduardo aparece na sequência, com 150 rebatidas, seguido pelo chileno Christián Vilches, com 131. Na liderança desta estatística no campeonato ficou Pedro Geromel, do Grêmio, com 375 rebatidas.
Já o quesito "Defesa/Bloqueio de Finalização" foi feito para os goleiros. O destaque do time e ídolo da torcida, Weverton, terminou na liderança desta estatística nacionalmente. Foram 108 defesas, seguido por Marcelo Lomba, da Ponte Preta, com 104, e Diego Cavalieri, do Fluminense, com 102.
O atleta mais faltoso do elenco foi o atacante Walter, que cometeu 76 infrações. Eduardo, com 59, e Hernani, com 51 faltas cometidas, o seguem. O avante atleticano também foi o segundo atleta que mais cometeu faltas no Brasileiro, atrás apenas de Fernando Bob, da Ponte Preta, que fez incríveis 98 faltas.
A "escadinha" do número de cartões amarelos recebidos contém seis atletas. Na liderança, Kadu e Hernani, amarelados em 8 ocasiões. Após, Eduardo e Otávio foram advertidos 7 vezes, enquanto Weverton e Nikão receberam 6 amarelos. No geral um triplo empate neste indesejado quesito: Eduardo Neto, do Avaí, Marcos Júnior, do Fluminense, e Willians, do Cruzeiro, receberam impressionantes 14 cartões amarelos. Durante o returno apenas Marcos Guilherme foi expulso, e em duas ocasiões. No total, Walter (2), Hernani, Jadson e Alan Ruschel também receberam o cartão vermelho. Jorge Henrique e Rafael Silva, ambos do rebaixado Vasco, foram expulsos 3 vezes.