2 mar 2016 - 10h07

Devagar e sempre

Após um mês desde a estreia na temporada de 2016, o time do Atlético já começa a mostrar suas principais características. Com oito jogos na temporada, o Rubro-Negro está classificado para a fase eliminatória da Primeira Liga e tem 61,11% de aproveitamento no Campeonato Paranaense. A marca registrada do time, até aqui, é a posse de bola, a força da defesa e a fragilidade no ataque.

Na Primeira Liga, competição que o Rubro-Negro tem o melhor desempenho, são dois jogos e duas vitórias, contra Fluminense e Criciúma, ambas vencidas por 1 a 0. Contra os cariocas, o Atlético venceu com um gol de Vinicius, no Rio de Janeiro, e diante dos catarinenses, o Furacão ganhou com um gol de Otávio, na Arena da Baixada.

O desempenho atleticano no novo torneio ilustra o que há de mais eficiente na equipe rubro-negra: a compactação da defesa, que ainda não sofreu gols, e a amplitude ofensiva na construção dos gols.

De acordo com o analista tático Caio Gondo, essa é uma das características do técnico Cristóvão Borges: “O Atlético tem jogado cada vez mais de maneira semelhante às outras equipes que Cristóvão comandou: com posse de bola trabalhada, atacando com os dois laterais ao mesmo tempo, povoando a faixa central durante o ataque e com o sistema defensivo bem compacto, seja pelos recuos dos atacantes ou pelo avanço da linha defensiva”, explica.

Água mole em pedra dura…

Se na Primeira Liga o aproveitamento é máximo e a defesa ainda não foi vazada, no Paranaense o Rubro-Negro está longe de encantar. O time tem um aproveitamento mediano, e é o quarto colocado na tabela, com um jogo a menos, há sete pontos de distância do líder Paraná Clube.

O que mais preocupa, porém, é o número de gols feitos: apenas sete em seis partidas, contra times tecnicamente inferiores, que jogaram com a defesa fechada e no contra-ataque. O zagueiro Paulo André, chegou a reclamar da movimentação da equipe, que não conseguiu furar a retranca do JMalucelli no estadual.

Para Caio Gondo, a dificuldade ofensiva do Atlético, principalmente em furar retrancas, acontece desde que Cristóvão assumiu o clube: “O sistema ofensivo do Atlético vem sofrendo desde que ele assumiu. Tanto que os considerados melhores jogos de Cristóvão no Furacão foram aqueles que ele prioritariamente jogou no contra-ataque. Como no Estadual, as equipes menores são quem procura contra-golpear, o sistema ofensivo rubro-negro fica em evidência e pedindo para ache algum gol com bola trabalhada”, comentou.

Posicionamento dos volantes

De acordo com o analista, o posicionamento de Deivid e Otávio tem colaborado para a falta de contundência do Furacão: “Como Deivid tem sido titular junto a Otávio e de que este tem avançado mais, o sistema ofensivo não está tendo opção de recuo em campo ofensivo. Devido a isso, quando a bola está em um lado do campo, ou ela é cruzada, ou ela é enfiada para alguém em projeção à área adversária. Como a bola cruzada é mais difícil de fazer o gol, aparece a falta de contundência do time”, diz Gondo.

Uma das soluções, para Gondo, é o posicionamento de um atleta que de mais opção de passe no meio de campo: “Falta aparecer alguém que crie a possibilidade de recuo em campo ofensivo para poder virar jogo, haver maior movimentação e maior coordenação da entrada dos jogadores na área no momento do cruzamento”, finalizou.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…

Opinião

O tempo é o senhor da razão

A famosa frase dita e repetida inúmeras vezes pelo mandatário mor do Athletico, como que numa profecia, se torna realidade. Nada como o tempo para…