9 mar 2016 - 21h52

Derrota perigosa

O Atlético perdeu para o Cruzeiro por 2 a 1, de virada, na noite desta quarta-feira no Estádio do Mineirão, pela terceira rodada da primeira fase da Primeira Liga 2016. Pablo abriu o placar para o Furacão no primeiro tempo, enquanto que Douglas Coutinho e Élber viraram para os donos da casa na etapa final. Nikão perdeu um pênalti, e a chance de empatar, aos 47 minutos do segundo tempo.

A derrota para o já eliminado Cruzeiro pode custar caro ao Furacão. Se tivesse assegurado a vitória, o Rubro-Negro teria terminado a primeira fase como melhor primeiro colocado geral e teria o direito de jogar em casa a semifinal e, eventualmente, a final do torneio. Com o empate, o time teria ao menos garantido a mesma condição para semifinal. Mas com a derrota, a equipe pode ser ultrapassada pelo Fluminense, que enfrenta o Criciúma nesta quinta-feira, e pode ficar em primeiro lugar do Grupo A se vencer. Nesta hipótese, restaria ao Atlético a classificação como melhor segundo colocado, jogando a semifinal fora de casa.

Construindo a vantagem

O Furacão iniciou o jogo com uma formação diferente. O técnico interino Bruno Pivetti promoveu a estreia do lateral-esquerda Pará, que fez seu primeiro jogo com a camisa rubro-negra justamente contra o Cruzeiro, detentor de seus direitos federativos. Ele fez uma boa partida, só tendo de ser substituído por Roberto na etapa final em função de uma lesão. O camisa 67 não entrou bem, e falhou no segundo gol do Cruzeiro.

Além de Pará, outra novidade do Atlético foi o meia-atacante Pablo, que voltou a ter chance no Atlético ocupando a vaga do lesionado Vinícius, jogador de maior destaque da equipe nesta temporada. Assumindo essa responsabilidade, Pablo não deixou a desejar e foi o autor do gol atleticano.

Aos 33 minutos, depois de um chutão de Weverton, o ex-zagueiro atleticano Manoel cortou para trás e a bola sobrou livre para Pablo, que avançou e chutou no cantinho do goleiro. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.

O Atlético encerrou a primeira etapa com a vantagem no marcador, e fazendo até então uma campanha perfeita na Primeira Liga, com três vitórias em três jogos.

Faltou muito

O que parecia um jogo tranquilo para o Furacão se transformou em pesadelo na segunda etapa. Mesmo jogando contra um Cruzeiro recheado de reservas, o Atlético não conseguiu controlar o jogo e nem criar mais opções para aumentar o marcador. As peças ofensivas deixaram a desejar e o time pouco ameaçou.

Por outro lado, o Cruzeiro, já eliminado, também não criava muito e o jogo se arrastava de modo sem graça para o seu final. Mas no futebol não dá para garantir resultado antes da hora. Os últimos quinze minutos foram cruéis para um time que se acovardou e cometeu muitos erros.

Começou aos 30, com uma jogada despretensiosa pela ponta-esquerda, que se transformou num cruzamento para a área que não foi cortado por Weverton. Douglas Coutinho, outro ex-atleticano, apareceu livre na pequena área e empurrou a bola para o fundo do gol, empatando o jogo.

O resultado já era ruim para o Atlético, mas ainda ficaria pior. Quatro minutos depois, Élber pegou a bola na ponta-direita e partiu para cima de Roberto. O lateral não esboçou nenhuma reação, permitiu o avanço do cruzeirense, que ficou à vontade para chutar cruzado e virar o placar.

Na base do abafa, o Atlético partiu para cima para tentar ao menos buscar um empate que garantiria a classificação em primeiro lugar. Giovanny, que fez sua estreia entrando na fogueira, fez a jogada e chutou para defesa do goleiro Rafael. No rebote, a bola tocou no braço de Manoel. A esperança do empate foi para o pé canhoto de Nikão, mas o meia bateu mal o pênalti. Rafael defendeu e o jogo terminou em vitória do Cruzeiro.

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