Atlético, simplesmente
O título do último domingo, conquistado de maneira incontestável com um sonoro 5 a 0 no placar agregado, deixou a todos nós, atleticanos, extasiados. Foi o fim de vários jejuns: caneco, título na casa do rival e vitória sobre os mesmos fora de casa. Mas a maior conquista desses dois jogos foi a de voltar a ser Atlético.
O Atlético da garra. Os jogadores se entregaram de corpo e alma em ambas as partidas. Divididas sem tirar o pé, não desistindo dos lances, encarando jogadores catimbentos e não deixando que esses fizessem o que bem entendessem dentro de campo.
O Atlético da superação. Nossa história não é recheada de títulos, tendo inclusive alguns hiatos grandes sem a conquista de um campeonato, mas a superação sempre se fez presente. Com uma campanha de apenas 6 vitórias em 15 jogos até a final, os jogadores superaram toda a estatística para fazer duas partidas memoráveis contra a equipe de melhor campanha do certame.
O Atlético da qualidade. Novamente, não somos reconhecidos por sempre termos equipes altamente táticas e/ou técnicas, mas quando as temos… 1949, 1983, 2001 e 2004, entre algumas poucas outras, que o digam. A obediência tática e a qualidade técnica com a bola no pé, muito bem representada pelo excelente Walter, apresentadas na final do Paranaense nos dão esperanças e inspiram o medo nos adversários.
Todos esses pontos, somados à conquista do título, é que enchem a torcida de orgulho novamente. Esses pontos, tão negligenciados nos últimos anos pela política fria dos diretores e pela falta de identificação com as nossas cores de grupos de jogadores, que ajudaram a construir a nossa história.
E nessa final do Paranaense 2016, senhores, voltamos a ser, simplesmente, Atlético.