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7 jun 2016 - 14h51

Freezer até quando?

Desde que aconteceu o rompimento entre os torcedores organizados e o MCP a nossa Arena parece um bloco de gelo. fria, sem alegria e muita reclamação. Aí acaba refletindo em campo e já pela qualidade de alguns jogadores a situação fica pior porque influência os demais e os desmotiva a jogar.

Vejo está situação como sendo uma tremenda falta de bom senso entre as partes. Primeiro que torcedor não precisa ser organizado e sim somente torcedor, ir ao jogo com alegria e vontade de torcer para seu clube como acontecia nos velhos tempos da Baixada.

E hoje parece que vivemos da dependência das organizadas para que a motivação exista nas arquibancadas, mas não precisava disso, era somente ir torcer e incentivar os jogadores com gritos de incentivos vindo da galera.

Quando eu disse nos velhos tempos da Baixada a galera colocava o gogó para funcionar e não existia na época uma torcida organizada, existia uma charanga que animava os jogos e quem não sabe o que é uma charanga eu explico. É uma banda formada por torcedores que tocavam o tempo inteiro do jogo, assim animando os demais torcedores, até as vezes era desafinada, mas quem ligava para isso, o que valia era a animação que ela contagiava os demais torcedores e consequentemente os jogadores em campo.

Portanto está briga é irracional, não tem lógica de existir, e a solução vem da torcida que vai ao campo. Tem que ir para torcer e não para vaiar ou xingar ninguém. Porque o que se faz nas arquibancadas reflete no campo. E como bom exemplo eu citei a época da velha Baixada onde a alegria era da torcida inteira e não de um grupo em específico e organizado.

Na velha Baixada o que valia era alegria, mesmo nas derrotas, pois os jogadores iam até o limite da superação para vencer os adversários e se não conseguissem, um empate já valia a pena. E temos um bom exemplo. O jogo do Atlético x Colorado onde Ziquita marcou os quatro gols para empatar o jogo que já era dado como perdido e só isso ocorreu por que parte da torcida estava lá incentivando o grupo de jogadores e os que já estavam indo embora voltaram após perceberem a reação e começaram a torcer novamente. E não havia xingamento, nem pelos que já estavam de saída. Somente se ia para torcer pelo CAP na velha e saudosa Baixada.

Não saudosa pela estrutura que havia na época, mas pelo ambiente que a torcida realizava a cada jogo, mesmo aqueles que a gente sabia que a vitória seria impossível, mas se acreditava nela de qualquer maneira.

Então galera, vamos parar de brigar na Arena, neste nosso fabuloso estádio, confortável, sem chuva na cabeça e sem tijolo frio e úmido para se sentar, e vamos lá para torcer, o que não está de acordo com o que nos foi prometido, nas próximas eleições, teremos a chance de corrigir.

Mas neste momento é torcer, cantar o Hino do Clube e gritar os nomes do jogadores para os incentivar a jogar com o coração no bico da chuteira. O que não dá é para ir lá e começar a lavar roupa suja com o MCP ou com qualquer outro dirigente do clube.

Assim nem com reza brava a gente conseguirá algo, só conseguiremos as vitórias com a alegria vindo da galera e contagiando os jogadores em campo.



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