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29 ago 2016 - 9h06

Desvio de propósito

Durante a Assembleia Geral, justificava-se a criação da fundação com o argumento de que os maiores clubes do mundo possuem uma. Citou-se Barcelona, Real Madrid etc, ou seja, continuamos com a megalomania de nos colocar em pé de igualdade com potências mundiais quando mal conseguimos derrotar o ‘falido’ rival local.

Os dirigentes atleticanos e seu séquito de serviçais, travestidos de secretários e conselheiros, continuam com a sua crença de tornar um clube de futebol conhecido unicamente por sua estrutura física e arrojo administrativo, tratando os resultados dentro de campo como mero detalhe, quase um mal necessário. Um arrojo pra inglês ver, que nós, apaixonados pelo clube sabemos estar à mercê dos mais amadores rompentes de um dirigente que se apossou do clube e que não aceita de forma alguma o contraditório, nem tem o mínimo traquejo ou interesse de tratar com o material humano daquilo que deveria ser a atividade fim do clube, futebol, competitividade, títulos.

Acabamos de ter um exemplo disso, um time que vinha numa crescente perde sem qualquer tipo de satisfação ao grupo ou aos torcedores o seu maior talento. Mesmo acima do peso, Walter é um fora de série e decidiu jogos nesse nacional, quem não reconhece isso não entende nada do esporte. Agora vemos em campo um time em frangalhos, inseguro, que trabalha num ambiente de incertezas e ainda tem que conviver com frases ofensivas distribuídas pelo estádio pelos correligionários da diretoria, onde se lê que o time é aquele por não termos 40 mil sócios. Em mais uma das diversas atitudes estúpidas e sem qualquer sensibilidade, elas acreditam ser ofensas e desvalorização, ao invés do incentivo e inclusão, o caminho para se conquistar as pessoas e fazê-las acreditar num projeto cujos atos vão numa direção diametralmente oposta ao discurso.

Voltando à Assembleia, mal se havia esclarecido os ‘propósitos’ da fundação e seu funcionamento (que só vamos conhecer realmente quando for tarde demais), já se apresentava também a intenção de se criar a UNICAP, Universidade do clube, ou seja, mais desvio de propósito, mais recursos destinados à estruturas físicas desnecessárias, mais energia gasta com o que não interessa à torcida de um clube de futebol, que é há anos negligenciada enquanto a megalomania de uma pessoa insiste em reinventar a roda e a insistir em conceitos equivocados.

Só sei que eu, assim como muitos, tenho perdido à vontade até mesmo de acompanhar o time pela televisão. Os tijolos já deram mostras de que não pararão de ser erguidos tão cedo, o ‘projeto’ pelo que parece jamais terá fim, cabe à você, torcedor, pagar o seu sócio, não cobrar, não reclamar e não esperar nada em troca, nem ao mesmo encontrar um ambiente festivo e decorado com as cores do seu clube de coração.

O que éramos antes de 95, é uma pergunta que se repete com a frequência de um mantra por aqueles que não percebem os erros pontuais que estão descaracterizando e acabando com a alma de um clube que, se era extremamente humilde, despertava um sentimento inexplicável que hoje infelizmente está cada vez mais se apagando.

Se o plano de sócios não decola e a Baixada está cada vez mais esvaziada e fria, não procurem os culpados diretoria, façam uma autocrítica uma vez na vida.



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