‘FUNCAPada’ na democracia
As ações sociais previsíveis, viáveis e visíveis como pretextos para a criação da FUNCAP provavelmente não foram as de auxiliar parentes e amigos do Petraglia, através dos contratos de compra e venda de cadeiras por duas vezes, comissões de bilheterias e contratos da Arena, Curso de Inglês no CT para os atletas da base, projetos da Arena , execução do projeto da arena e grama sintética, mais salários de amigos fieis, bajuladores, dentro do Atlético, etc. Bem que eu gostaria que as ações sociais fossem voltadas aos jovens carentes do Bairro Tatuquara.
O Petraglia pode iludir a todos com o seu canto de sereia, a mim ele não ilude mais. Não creio que ele esteja visando o bem estar de jovens carentes, não é esse o seu objetivo final.
O que ele busca é uma forma de fazer dos próximos presidentes meros bonequinhos de presépio, manobráveis e submissos à FUNCAP, da qual provavelmente ele será o presidente, como era do Atlético e da CAP S/A e hoje é do Conselho Deliberativo.
O prezado amigo Henrique Gaede não aceitaria tal papel, e nenhum outro homem de personalidade forte o aceitaria.
Sei que o Petraglia fez muito pelo Atlético, como também sei que o Atlético fez muito mais por ele. Antes de o Petraglia chegar ao Atlético ele era conhecido como administrador da campanha do Jaime Lerner. Após sua estabilização no comando do Atlético (graças ao Farinhaki) ele passou a ser conhecido nacional e internacionalmente, inclusive no caso Ivens Mendes quando foi injustamente atacado.
O advogado do Atlético tem razão ao dizer que a rejeição ao Petraglia se deve ao seu jeito de fazer as coisas de forma autoritária e com pouco diálogo. Eu diria que no caso da FUNCAP, a sua criação deveria passar por um plebiscito após amplo debate com os sócios.
O presidente do Conselho Deliberativo, Sr. Petraglia, não tem cacoete democrático, ele tem mais jeito de fazer as coisas pelo método ‘tratoraços’, jeito esse que, logicamente, provoca desconfiança.
Ora, se o conselho foi formado pelo Petraglia por meio da lista de aspirantes a conselheiros, e se teria vencido as eleições por pequena vantagem de votos obtida em grande parte por votos dados pelos titulares dos camarotes, que ninguém sabia ou soube o nome dos titulares, ele não encontraria obstáculo nenhum na aprovação de qualquer coisa.
O conselho deliberativo aprovaria o que o Petraglia quisesse. No último conselho ainda havia alguma resistência, fato que fez com que ele recuasse na estratégia da criação da FUNCAP.
Por isso é que decisões importantes para o futuro do Atlético devem passar pelo crivo dos sócios (plebiscito). Ele é contra o referido plebiscito, e sempre o será.
Não há dúvidas também de que a sua família recebeu contratos (legais) já citados acima. Petraglia não é desonesto, ele é esperto, e às vezes ele é esperto demais, extremamente esperto, tem uma inteligência fora do normal.
Como atleticano sou grato a ele, e como dirigente, ele também deveria ser grato ao Atlético por tudo que o clube lhe deu.
A resistência por parte da oposição sempre haverá e é dever de todos os atleticanos fiscalizarem o que se passa nas altas esferas do Clube Atlético Paranaense. Difícil é fiscalizar, eis que pouquíssimas pessoas têm acesso aos dados da administração.
E quanto à oposição, já passou da hora a criação de uma outra associação de sócios do Atlético, séria, honesta, não submissa ao poder dominante, que poderia ser formada com o intuito de fiscalizar melhor a administração do clube, assim como o de se organizar melhor para ter mais visibilidade e poder de decisão nas coisas do nosso amado Atlético. Eu gostaria de fazer parte da referida associação.
Que seja feito o melhor para o Clube Atlético Paranaense, mas de forma democrática, sem ‘tratoraço’!