20 set 2016 - 9h08

Petraglia reafirma críticas contra torcidas organizadas

A proibição das torcidas organizadas dentro da Arena da Baixada segue firme para o presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia. No último domingo (20), em entrevista à Rádio CAP, momentos antes da partida contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, o dirigente disse que não vai retirar as cadeiras do setor Fan da Arena e que o clube continuará a proibir adereços e materiais alusivos às torcidas organizadas.

Questionado sobre as cadeiras colocadas no setor Fan, onde ficam membros da Os Fanáticos, em abril deste ano, Petraglia disse que a torcida deverá se acostumar com um estádio com cadeiras e um dos motivos para isso são os eventos que acontecem no estádio além do futebol.

“As cadeiras não serão retiradas do Setor Fan. A Arena recebe muitos eventos e shows, e custa mais de R$ 100 mil para tirar e colocar. Não faremos mais isso. Além disso, a torcida tem que se habituar com o estádio com cadeiras”, comentou.

Outro ponto abordado por Petraglia foi a proibição das torcidas organizadas na Arena, já que membros estão proibidos de entrar no estádio com adereços típicos. Inclusive, na partida contra o São Paulo, a Fanáticos foi barrada de entrar no estádio com sua bateria, que possui mensagens e ilustrações da torcida estampadas nos instrumentos.

“Sabemos através de pesquisas que famílias não estão vindo mais ao estádio com seus filhos pelo medo da violência. Ontem mesmo, antes do término do jogo contra o Corinthians (contra o Palmeiras, no Itaquerão), as famílias com seus filhos, de setores extremamente separados, foram embora antes porque a organizada pretendia invadir os setores onde estava a diretoria para agredir todo mundo. Não se pode amar a instituição só porque está ganhando ou amar menos ou mais porque perdeu”, disse, sem mencionar quais seriam as pesquisas.

Por fim, Petraglia voltou a tocar no assunto dos associados, explicando que o Atlético não tem condições de brigar no topo da tabela sem um número aproximado de 40 mil sócios, explicando que o clube não tem outras formas de conseguir receita com a torcida, devido às cotas de televisão e torcida localizada majoritariamente em Curitiba e região metropolitana.



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