O técnico Paulo Autuori saiu satisfeito com a atuação do Atlético no empate por 0 a 0 com o Corinthians, neste sábado (26), na Arena Corinthians. Segundo o treinador, todas as equipes sofrem jogando contra o time paulista, mas a organização do Furacão foi positiva, garantindo um ponto fora de casa.
"Me agradou. Sofremos como todas as equipes, mas o Weverton fez só duas defesas, uma no primeiro tempo, além da bola na trave, e outra no segundo. Há uma ideia muito clara no clube de continuidade, e nosso objetivo é construir uma equipe competitiva. Fico satisfeito porque tentamos sair construindo desde trás. No mais, são limitações que temos. A organização da equipe faz com que a gente possa chegar aqui, no último jogo, e fazê-la totalmente positiva", afirmou.
Além da organização dentro de campo, Autuori falou da evolução do setor defensivo. Para ele, o time teve erros que custaram vários resultados fora de casa, mas, na partida deste sábado (26), a equipe mostrou que conseguiu corrigi-los.
"A equipe tem estado muito bem defensivamente e organizada, quando sofreu gols, sofreu mais por displicência e desatenção. Acho que depois desses momentos de desatenção e displicência, nós soubemos aprender com eles e hoje foi uma prova disso", destacou.
Devido à importância da partida contra o Flamengo, o treinador atleticano acredita em uma "grande atmosfera" para o jogo e já pensa no futuro após o último jogo de 2016.
"Poderemos criar uma grande atmosfera. Além da nossa torcida, a torcida do Flamengo também acompanha. Convidamos nossos torcedores, que têm sido brilhantes como têm apoiado a equipe. Esperamos, ao final do jogo, celebrarmos juntos. Mas um alerta: minha preocupação é o dia seguinte. Chegar em momentos bons, todos podem fazê-lo. Mas você tem que estar habilitado para o passo seguinte", ressaltou.
O duelo contra o Flamengo está marcado para domingo (4), às 17h, na Arena da Baixada. O Furacão só precisa de uma vitória para ir à Libertadores em 2017.
Confira outras declarações do técnico Paulo Autuori:
– Não vou deixar de falar nunca isso: nossa meta foi traçada para estar muito próximos do G-4 ou dentro do G-4. Só que caíram no colo das equipes brasileiras duas vagas a mais, então vamos aproveitar. Estamos satisfeitos da forma como as coisas vão acontecendo. Hoje, alguns entraram bem, como o João Pedro e o Rossetto, além do Nikão. A campanha tem sido de razoável para boa.
– Dos momentos negativos, você tem que tirar algo positivo. Fizemos uma campanha em casa muito boa. Até agora, ninguém conseguiu nos superar. A incapacidade de manter a bola na frente é uma realidade, tem a ver com nossas carências. Acho que a equipe está sendo construída de uma maneira coerente, de trás para frente. Vamos ter que ser muito assertivos na busca por jogadores para equilibrar melhor a equipe.
– É natural que os jogadores estejam na expectativa, eu lido muito bem com eles, assim como tento ligar com os momentos negativos. Eu, a cada dia, tento estar mais equilibrado nisso. Este é o grande desafio quando você gere uma equipe. Fomos traídos muitas vezes por este emocional, principalmente em jogos fora de casa. O lado emocional te limita de ser competitivo. Hoje, um passo à frente que demos. Soubemos sofrer, assim como soubemos nos sacrificar. Espero que, no ano que vem, a gente possa nos sacrificar mais para atingir outros momentos importantes.