Um ano diferente
É com muita alegria que venho relatar minha satisfação: tanto com a montagem do elenco quanto com o caminho que estamos trilhando pra nos consolidarmos como uma das maiores forças no cenário nacional.
Sempre fui muito crítico quanto a postura dessa gestão no que se refere ao trato com a torcida e utilização do estádio, no entanto creio que houve nítida ascensão na qualidade da relação com os consumidores do clube. Bateria e alegorias – desde que não façam menção a qualquer marca senão à do CAP – foram liberadas, a loja dos produtos oficiais foi inaugurada e, finalmente o mais importante: Trabalho sério na construção de um elenco de futebol.
Para surpresa geral da nação rubro-negra, além das permanências dos indispensáveis Weverton, Paulo André e Thiago Heleno, só tivemos, até o momento, a perda do Hernani, cujo negócio gerou uma receita necessária para o equilíbrio financeiro da temporada. E o cenário da lacuna deixada por ele não é assim tão desesperador: Matheus Rosseto pediu passagem em partidas importantes ano passado e tende a ganhar esse espaço com naturalidade.
Aguardamos agora, a expectativa da renovação de outra peça não menos importante, o lateral Léo, que se mostra muito identificado com a raça, garra e vibração que consagrou ídolos do passado.
Grafite dispensa comentários, Gedoz deve justificar o investimento feito, Pablo se mantiver o nível será importante e Nikão, aparentemente em ótima condição física, já mostrou do que é capaz e pode ser uma peça chave na equipe. Luís Henrique vem com status de promessa e, tendo a cabeça no lugar, pode render bons frutos e ser útil.
As grandes interrogações são Lucho e Carlos Alberto. O argentino veio de meses parado diretamente para o time titular e, embora útil em alguns momentos, não mostrou a genialidade dos tempos de Porto e River Plate. Já o segundo, tem personalidade forte e viveu diversos problemas extracampo durante a carreira. Em contrapartida, pedido por Paulo Autuori à diretoria, tem qualidade com a bola e suas características preenchem as necessidades do elenco.
No leme desse barco, Autuori vem se mostrando almirante calejado. Conseguiu resultados expressivos na temporada passada, como o incontestável título paranaense, um vice na Primeira Liga e a classificação para a Libertadores. Tudo isso com um elenco limitado, recheado de jovens inexperientes e em meio a perda de jogadores importantes como Ewandro e Walter.
Não me lembro de algum início de ano tão promissor quanto o que estamos vivendo hoje. A perspectiva é de uma grande temporada do nosso Rubro-Negro, a caminhada é longa e árdua, mas diante do bom esforço apresentado em conjunto pela diretoria e por Autuori, temos confiança de que trilhamos um bom caminho.