19 fev 2017 - 18h03

LIBERDADE!

A inédita transmissão do clássico Atletiba pela internet, por meio das redes sociais Facebook e Youtube, sofreu com um contratempo e, assim como o clássico, válido pela quinta rodada do Campeonato Paranaense, não aconteceu. Momentos antes do apito inicial, a Federação Paranaense de Futebol impediu que o jogo começasse enquanto as equipes de reportagem responsáveis pela transmissão não fossem retiradas de dentro de campo. Após cerca de 50 minutos de discussão entre os dirigentes e representantes da Federação Paranaense, o jogo foi cancelado e as duas equipes saíram de campo. Antes, jogadores de Atlético e Coritiba entraram em campo de forma alternada e se dirigiram ao centro do gramado para fazer um agradecimentos aos torcedores.

O argumento inicial da FPF para que o jogo não começasse era de que as equipes responsáveis pela transmissão do jogo na internet não estavam credenciadas para entrar em campo. Com isso, o jogo foi interrompido um minuto antes da previsão da bola rolar, às 17h00. Antes, havia sido executado os hinos do Paraná e do Brasil e foi respeitado um minuto de silêncio em homenagem ao advogado Domingos Moro.

Até este momento, a transmissão do jogo pela internet ocorria perfeitamente, sem travamentos ou prejuízos na imagem, com muitos torcedores interagindo e elogiando a atitude nas redes sociais dos clubes. A transmissão foi interrompida após a decisão da FPF mas poucos minutos depois voltou e os repórteres dos times entrevistaram os dirigentes da dupla Atletiba para explicar o ocorrido enquanto uma decisão definitiva não era tomada.

Os clubes não acataram a decisão da FPF e mantiveram as equipes dentro de campo. Em seguida, os dirigentes argumentaram que a decisão não envolvia apenas a questão de credenciamento, mas interesses da emissora responsável pela transmissão do Campeonato Paranaense de Futebol, que não chegou a um acordo com Atlético e Coritiba pelo direito de transmissão de seus jogos.

Mauro Holzman, diretor de Marketing do Atlético, tentou explicar a situação durante a transmissão pela internet. “Hoje estamos fazendo uma transmissão e a FPF, de forma absurda não quer que o jogo comece se não pararmos o trabalho. Não vamos parar. Os dois clubes não venderam seus direitos, resolveram fazer uma transmissão gratuita. A FPF quer que tiremos os trabalhadores, mas a nossa produtora não é ligada a nenhuma TV. Eles dizem que não vai ter o jogo e então não vai ter mesmo”, comentou.

Em seguida, o presidente do Atlético Luiz Sallim Emed discutiu com o árbitro do jogo e apelou para que, apesar da decisão da FPF, desse sequência a partida, mas não teve sucesso. “Nós viemos aqui para jogar, não tem como você não ser punido com w.o. infelizmente falei com o juiz, no meu entendimento ele tem esta autoridade, mas ele explicou que obedece uma ordem superior. Mas seria interessante, algumas leis não sei éticas, é um jeito para colocar a frustração desse público inteiro, como vamos fazer? Ele deu mais dois minutos e retirou. Eu chego a conclusão que não vai ter jogo por uma medida estreita e isso nos vamos seguir, mas acho que tá no momento de a gente mudar”, desabafou.

Logo depois, os dois times, que já estavam no vestiário, subiram de volta ao gramado e, alternados, vieram até o centro do gramado para se despedir dos torcedores. Eles foram aplaudidos e a torcida reagiu bem à decisão das equipes de não seguirem o jogo.



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