Que vacilo, Atlético!
Parecia ser a volta do "El Paranaense". Um ano de Autuori à frente da equipe. Estádio cheio. Torcida vibrante. Time organizado, aguerrido. Estreia na fase de grupos da Libertadores. Placar favorável. Um, dois a zero. Parecia que a noite acabaria com uma grande festa da nação rubro-negra. Mas só parecia. Depois de mostrar um bom futebol durante toda a primeira etapa e abrir 2 a 0 no placar, o Atlético abdicou de jogar e viu a Universidad Católica mudar a história em menos de cinco minutos. Ao final, o empate por 2 a 2 custou caro ao Furacão, que agora tem dois jogos seguidos fora de casa para tentar se recuperar na maior competição das Américas.
Um primeiro tempo como há muito não se via…
O Rubro-Negro começou com tudo. Foi para cima da U. Católica e abriu o placar logo aos 4′, com Lucho González. Thiago Heleno lançou para Jonathan, que dominou e tocou para o meio da área. O argentino, esperto, antecipou-se à zaga e tocou para o fundo das redes, causando um frenesi na Arena da Baixada.
E o primeiro tempo seguiu com amplo domínio rubro-negro. Uma atuação segura, com defesa consistente e triangulações no ataque como há muito não se via no Furacão. Na primeira etapa, Weverton não teve nenhum trabalho e as coisas pareciam se encaminhar para uma vitória do Furacão.
Mas parece que tudo que é bom dura pouco…
No segundo tempo, a U. Católica se lançou ao ataque em busca do empate, enquanto o Rubro-Negro se mantinha na defesa para explorar o contra-ataque. Depois de segurar os chilenos por meia hora, a estratégia deu resultado. Aos 30′, em belíssima triangulação do ataque atleticano, Gedoz tocou de calcanhar para Nikão que, ao seu estilo, ajeitou e mandou um petardo de esquerda, na gaveta do goleiro Toselli, ampliando para 2 a 0 a vantagem do Atlético.
Mas quando o jogo parecia resolvido, o time voltou a fraquejar. Depois de marcar o segundo, o Atlético se fechou de tal forma que a U. Católica passou a dominar a partida e logo marcou o primeiro. Aos 40′ foi a vez de Gutiérrez tocar de calcanhar para Llanos marcar o primeiro de "Los Cruzados". E o balde de água fria veio dois minutos depois, quando Noir levou a melhor sobre a zaga em cobrança de falta e mandou para o fundo das redes de Weverton. Aos 47′, Pablo ainda teve uma chance de garantir a vitória rubro-negra, mas acertou o travessão. Final 2 a 2, resultado que deixou a torcida atleticana com a pulga atrás da orelha para o restante da Libertadores.
QUE GOLAÇO! Nikão voltou a jogar bem e, ao seu estilo, fez um golaço na Arena. Se não foi suficiente para garantir a vitória, serviu para constatar a recuperação de um jogador importante no elenco rubro-negro. E para fazer justiça, Lucho González também merece destaque: além do gol, fez excelente partida na Arena, até ser substituído por Matheus Rossetto.
BLACKOUT, OUTRA VEZ! Mais uma vez a defesa atleticana falhou nos minutos finais e permitiu a reação adversária. O "apagão" depois dos 40′ custou caro ao Furacão, que agora precisa buscar pontos fora de casa para não se complicar na competição.
OS GOLS:
1×0 – 4’/1º: Thiago Heleno lançou Jonathan em profundidade. O lateral dominou bem, ergueu a cabeça e tocou para Lucho González que, de frente para o gol, só teve o trabalho de tocar para o fundo das redes.
2×0 – 30’/2º: Em belíssima triangulação do ataque atleticano, Matheus Rossetto toca de calcanhar para Nikão que, bem ao seu jeito, arruma para bater colocado de canhota, na gaveta, sem chances para o goleiro adversário.
2×1 – 40’/2º: Após bobeada da zaga atleticana, Gutiérrez toca de calcanhar para Fuenzalida, que cruza para Llanos completar de cabeça, descontando para a equipe chilena.
2×2 – 42’/2º: Em cobrança de falta, Noir é lançado na área e leva a melhor sobre a zaga rubro-negra, aparecendo pelas costas de Wanderson para marcar o gol de empate dos chilenos.
PRÓXIMOS JOGOS: Londrina (Paranaense/casa); San Lorenzo (Libertadores/fora) e; Cascavel (Paranaense/casa).
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