18 maio 2017 - 11h49

"Ah, como é bom ser atleticano!", por Rogério Andrade

Ah, como é bom ser atleticano!

Minha filha completou 11 meses nesta semana. Logo vamos comemorar 1 ano de uma menina iluminada, feliz por natureza. Sempre sorridente, Alice levanta os braços e bate palmas quando me vê com a camisa do Atlético. Ela aprendeu, na Baixada, que devemos erguer as mãos para cima quando o Furacão está em campo. Ela é demais!

Na noite histórica desta quarta-feira, 17 de maio de 2017, Alice dormia tranquila. O Atlético estava em campo, no Chile, decidindo um futuro importante. Em silêncio, eu assistia o Furacão dominar o jogo, criar jogadas, suar a camisa e buscar a vitória, o tempo todo. Vamos ganhar! Não tenho dúvidas, mas ficarei aqui, bem quietinho, para não acordar o nosso anjinho.

Tentei, juro que tentei…

O gol de Eduardo da Silva me fez dar um pulo de meio metro. Coutinho aumentou meu pulo para um metro e soltei o grito. A gente merece! Será feita a justiça!

Para não contrariar a tradição e o atleticanismo, meu coração quase parou por alguns instantes quando o empate amargo, quase no final do jogo, me tirou o sorriso. Sim, me tirou o sorriso, mas não a esperança. E Carlos Alberto me fez explodir de alegria. Que golaço! Aí não tem silêncio que dure por muito tempo. Entre gritos de alegria e um coração disparado, fiz muito barulho.

Fui ao quarto da Alice. Inexplicavelmente ela estava em silêncio, com os olhos estalados, bem quietinha, como se estivesse esperando o final do jogo. Ela me olhou, me deu um beijo com seus olhos, virou e voltou a dormir. Voltei, o jogo terminou, ergui as mãos para o céu, lembrei das cenas da minha filha na Baixada e respirei aliviado. Ah, esse Atlético!

Hoje bem cedo, Alice acordou e me abriu um dos sorrisos mais lindos nesses 11 meses de vida. Foi um sorriso gostoso, daqueles que expressam uma sensação de tranquilidade, felicidade e alívio. Sorrimos juntos! Ela me disse alguma coisa com aquele sorriso, tenho certeza… Fiquei tentando imaginar…

“Papai, eu sei…o Atlético ganhou”

Existem coisas na vida que só um torcedor apaixonado é capaz de sentir. Sorria, Rubro-negro das Américas, estamos nas oitavas de final da Libertadores!

Ah, como é bom ser atleticano!

Rogério Andrade, 45 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.



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