23 maio 2017 - 14h01

Onde está o erro?

A vida de todo atleticano sempre foi um turbilhão de emoções. Se tem algo do qual o rubro-negro não pode reclamar é de monotonia, pois o Atlético oferece em cada jogo um vasto leque de sentimentos. A síntese disso podem ser os quase 100 minutos do jogo diante da Universidad Católica último dia 17, quando as reviravoltas no placar, somado ao jogo entre San Lorenzo e Flamengo foram um verdadeiro teste cardiológico para o atleticano.

Entretanto algumas coisas seguem as mesmas, e infelizmente para o lado negativo. De grandes trunfos no modesto time de 2016, a defesa e o fator Baixada viraram pó no time teoricamente mais qualificado de 2017. Somados time B, alternativo e principal, o Furacão já fez neste ano 30 jogos, tendo perdido 10 vezes, empatado 11 e vencido somente 9 partidas, marcando 32 gols e sofrendo inacreditáveis 37 gols nas competições que participou.

A rigor, o Atlético não fez ainda uma atuação de 90 minutos de encher os olhos do torcedor, tendo sua mais consistente exibição durante cerca de 75 minutos diante do Universidad Católica do Chile na partida da Baixada, mas que foram manchadas pelos vacilos defensivos (mais uma vez) que custaram o amargo empate dentro de casa. Fato é que o Atlético precisa mudar, tanto para a sequencia da Libertadores e Copa do Brasil, quando empatou sem gols diante do Santa Cruz, bem como para se afastar do grupo de baixo na tabela do Brasileiro.

O que fazer para mudar?

A Furacao.com ouviu alguns dos ex-colunistas do site e as opiniões, apesar de diversas, apontam para um ponto em comum: o time precisa atacar com mais agressividade e ao menos variar o estilo de jogo.

Segundo Silvio Toaldo Junior, “o problema do Atlético é a reposição de jogadores. O time titular, que a torcida imagina que é bom pouco jogou e às vezes que jogou não convenceu. As partidas da pré Libertadores e a última no Chile, contra o Universidad Católica, foram jornadas de pura superação. Mas o que mais preocupa a torcida é o jejum de gols que o time enfrenta, além disso, a defesa tem tomados gols inexplicáveis o que vem comprometendo ainda mais o desempenho do time dentro de casa. Tudo isso poderia ser explicado pelo técnico Paulo Autuori, mas ele insiste em reclamar do calendário e esquece de treinar o time, fala demais do cansaço dos jogadores, mas esquece dos fundamentos básicos do futebol que muitos deles esquecem de aplicar durante os jogos, quem sabe se ele se preocupar um pouco mais em treinar o time e reclamar menos o time volte a jogar como em 2016.”

Para um dos fundadores do site e colunista por vários anos Juarez Villela Filho, existe um problema estrutural e conceitual no clube: “O esquema de jogo proposto, baseado no tiki-taka espanhol só dá certo no Bayern de Munique e no Barcelona porque eles tocam e tocam essa bola mas possuem individualidades que quebram a linha defensiva e abrem o campo do adversário. Já escrevi sobre isso em março , que Atlético joga um futebol burocrático, sem ser incisivo, com muito toque inútil (a tal posse de bola, só que estéril) e que ainda por cima irrita e aborrece o torcedor. Conta a U. Católica no Chile fomos pra cima e mudamos panorama da partida.”

Visão um pouco semelhante a do colaborador Mauricio do Vale: "O caminho do sucesso de um clube de futebol, por incrível que pareça, é o futebol. Estrutura, estádio, torcida, planejamento, relacionamento com sócios, fontes alternativas de renda, tudo isso auxilia. Mas o que determina mesmo o sucesso é o futebol apresentado em campo. Atualmente, o sistema tático empregado é estático. No último jogo contra o Grêmio, por exemplo, saiu o atacante Eduardo da Silva, entrou o atacante Grafite. Saiu o ponta Pablo, entrou o ponta Douglas Coutinho. Saiu o meia Carlos Alberto, entrou o meia Guilherme. O 4-2-3-1 é excelente, mas precisa ser flexível. Com liberdade de tática, o Atlético tem tudo para engrenar e iniciar um círculo virtuoso com aumento de número de associações, liberação da festa nas arquibancadas, títulos e principalmente o amor de quem veste a Rubro-negra."

Cabe ao comando atleticano tomar as medidas necessárias para o Atlético voltar aos trilhos e corresponder à expectativa criada para o ano de 2017, até o momento alternando exponenciais momentos de alegria com uma dura sequencia de maus resultados e futebol abaixo do esperado.



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