5 jul 2017 - 21h17

Tem que fazer a lição fora de casa

Mesmo com as derrotas na Copa do Brasil e no Brasileiro, o Atlético chegou às oitavas de final da Libertadores depois de uma classificação heroica em cima da Universidad Católica. Enfrentando o Santos nessa quarta-feira (05), na Vila Capanema, contando com o calor da torcida, o Furacão saiu na frente logo no início, mas deixou o adversário virar e foi derrotado por 3 a 2.

Primeiro tempo parecia promissor… até o empate

Atlético começou pressionando mais. Com a marcação mais alta, o Furacão conseguiu pressionar o Santos e não dar espaço para o rival sair da sua defesa. Sentindo a pressão, o Santos errou bastante passes no começo e não conseguiu chegar nem perto do meio de campo.

Com a postura bastante ofensiva, o Atlético tentava criar jogadas para abrir o placar. E o gol veio logo aos 6 minutos, com Sidcley avançando pelo lado esquerdo sem nenhuma marcação, cruzando para a bola encontrar Nikão livre no meio da área. O atacante bateu de primeira e comemorou.

Mesmo com a vantagem, o Rubro-Negro não mudou a postura, continuou a marcar e ir pra cima. Aos 8 minutos Rossetto cobrou falta na lateral na cabeça de Thiago Heleno, mas foi muito forte e a bola passou por cima do gol. Já aos 12, o Santos começava a conseguir seus contra-ataques. Lucas Lima avançou pelo meio, ganhando da marcação e acionando Copete pelo lado esquerdo, o colombiano finalizou por cima, dando perigo à meta atleticana, mas o lance já não valia, pois o bandeira marcou o impedimento.

Aos 16 minutos, outro susto. Cobrando escanteio, Kayke cabeceou para a área e Bruno Henrique perde a bola, deixando a zaga afastar. Aos 17, o Atlético investia no contra-ataque, mas Cascardo perdeu a bola para o rival, que seguiu até a linha de fundo e cruzou, para Paulo André fazer o corte.

Em mais uma chance de aumentar o placar, Cascardo avançou aos 23 minutos pela direira, limpou a bola, mas chutou para o gol sem direção. E numa bobeira, aos 25 o Santos conseguiu o empate. Com jogada de Jean Mota, Lucas Lima recebeu a bola, avançou pelo meio e conseguiu lançar para Kayke, na distração da defesa atleticana, que não conseguiu alcançar o jogador e deixou o caminho livre da área para o jogador bater por cima de Weverton.

O Santos começou a gostar mais do jogo depois do gol. Começou a trocar passes no meio de campo e conseguir algumas arrancadas. Em uma delas, Copete cruzou mal a bola, mandando pela linha de fundo. Aos 28, Cascardo conseguiu uma bela bola, invadindo a área, mas na empolgação foi desarmado por Jean Mota e ao tentar reaver a bola ainda marcou falta no ataque.

Aos 32, os torcedores rubro-negros reclamaram de um lance para pênalti em cima de Lucho González. Após cruzamento, o camisa 3 recebeu dentro da área, de costas para o gol, David Braz chegou por trás e faz o desarme, fazendo Lucho ir ao chão. Mas o jogador foi na bola e o árbitro não marcou nada. O Atlético teve outra chance aos 34, com Otávio fazendo a lateral, cruzando com uma bela curva e a bola foi direto para o gol, obrigando o goleiro Vanderlei a se esticar e mandar para escanteio.

Aos 38 minutos, Sidcley fintou Copete e cruzou para Nikão, mas sem domínio do atacante. Um minuto depois, em outro ataque do Santos, Lucas Lima tentou uma jogada pela direita, mas Lucho estava no lance e acabou fazendo falta. Na cobrança, Weverton conseguiu afastar, socando a bola.

Já no fim do tempo, aos 44 minutos, duas bolas perigosas do Atlético. Uma da jogada de Sidcley, cruzando para Douglas Coutinho, que não conseguiu chegar na bola. Depois, Lucho González arrancou, passou por Vitor Ferraz e chutou forte e rasteiro. Vanderlei tocou na bola com a ponta dos dedos e ela bateu na trave!

NÚMEROS DO PRIMEIRO TEMPO

Atlético-PR x Santos

– Posse de bola: 56% x 44%
– Finalizações: 5 x 2
– Passes certos: 243 x 136
– Cruzamentos: 14 x 10
– Lançamentos: 21 x 26

Já no segundo tempo, jogo de toma lá da cá e muitos erros

No segundo tempo as coisas parecem ter começado invertidas. O Santos começou a marcar mais adiantado e querendo mais o placar. No primeiro minuto, com ajuda de Rossetto, que perdeu a bola na defesa. Thiago Maia aproveitou e lançou para Kayke, que dentro da área finalizou forte. Mas Weverton estava atento e saiu bem na bola.

Dois minutos depois, Lucas Lima cobrou falta na área para Weverton de novo fazer a defesa. Aos 5 minutos, de novo, Victor Ferraz tabelou com Lucas Lima e cruzou para Bruno Henrique. Mas nem o atacante e nem Thiago Maia, no rebote, conseguiram finalizar. Mas não sem resposta, no contra-ataque a bola sobrou para Douglas Coutinho, que disparou pelo lado esquerdo e finalizou cruzado, bem perto do gol de Vanderlei. Aos oito minutos mais um lance duvidoso para a arbitragem, Coutinho novamente divide a bola com Lucas Veríssimo, mas a bola sai pela linha de fundo. A torcida e os jogadores atleticanos ficaram pedindo escanteio, mas o árbitro apontou para o tiro de meta.

O recuo do Atlético logo logo iria afetar. Aos 11 minutos Victor Ferraz avançou pelo centro e arriscou de muito longe. Weverton falhou, tentou defender a bola, mas não segurou e Bruno Henrique empurrou a bola para o gol. Agora pressionado, o Atlético sofreu muito mais perigo. Aos 19 minutos, Bruno Henrique recebeu pela direita, limpou a marcação e bateu cruzado, mas a bola foi para fora.

Aos 20, mais uma ameaça de pênalti. Carlos Alberto fazendo fila na área do Santos, cai. O meia deu a entender que foi tocado por Jean Motta, mas o árbitro mandou seguir. Dois minutos depois, de novo Lucas Lima lançou para Bruno Henrique, que dominou, limpou e cruzou rasteiro para Kayke finalizar de letra.

O desânimo já era grande na Vila, até que Éderson reaviveu o jogo aos 26, depois de um cruzamento de Rossetto, escorada de Pablo para Éderson chutar alto e nem dar chances ao goleiro. O gol recolocou o Atlético no jogo, que tentava de qualquer jeito fazer mais um.

Mas aos 31, perigo de novo. Lucas Lima cobrou falta na área, a defesa afastou, mas não conseguiu ficar com a bola. Após uma disputa, a bola ainda sobrou para Bruno Henrique, que chuta cruzado, em cima da marcação. No escanteio Weverton afastou o perigo.

Ainda na luta, aos 35 minutos, Sidcley cruzou para Nikão, que driblou dois marcadores e chutou forte. A bola bateu na marcação e passou muito perto da trave esquerda de Vanderlei. Novamente, aos 37, o Atlético ainda tentava, Grafite cruzou para Pablo, que desviou de cabeça e a bola passou com muito perto em frente ao gol.

Para marcar a disputa de lá e cá, aos 38 o Santos quase fez mais um. Bruno Henrique recebeu passe pela esquerda, invadiu a área e foi para cima de Cascardo, mas finalizou para fora. O Atlético passou os minutos finais lutando pelo empate, mas a partida acabou no 3 a 2.

ÉDERSON: Escalado pela torcida, o jogador foi bem na partida e foi importante ao reacender o time com o gol, além de ainda deixar o Atlético no páreo.

DEMASIADA EMPOLGAÇÃO: Cascardo não conseguiu conter a empolgação e fez erros grotescos durante a partida, por duas vezes chutou a bola para o gol longe demais e em outras jogadas quis limpar demais e perdeu a bola.

OS GOLS
1×0 – 6’/1º: Nikão – Sidcley acança pelo lado esquerdo, sem marcação e cruza. Lucho González fura e a bola sobra para Nikão.

1×1 – 25’/1º: Kayke – Jean Mota aciona Lucas Lima pelo meio, que avança e lança para Kayke. Ele invade a área e bate por cima de Weverton, empatando a partida.

1×2 – 11’/2º: Bruno Henrique – Victor Ferraz arriscou de longe. Weverton falha feio e não consegue segurar a bola, que sobra para Bruno Henrique empurrar para o gol.

1×3 – 22’/2º: Kayke – Bruno Henrique na lateral, já dentro da área, limpou a defesa e cruzou rasteiro. Kayke manda de letra para o fundo das redes.

2×3 – 22’/2º: Éderson – Após cruzamento, Rossetto escora para Éderson, que dentro da pequena área chuta alto, sem chances para Vanderlei. O Furacão diminui.

PRÓXIMOS JOGOS: Chapecoense (fora/Brasileiro), Cruzeiro (casa/Brasileiro), Corinthians (fora/Brasileiro).

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