Arroz com feijão a preço de caviar
Esta questão do Sub-23 vejo da seguinte forma: Se o Atlético se qualificasse direto para a fase de grupos da Libertadores e montasse um time competitivo, justificaria a utilização do sub-23, apenas por motivos técnico. Uma pré-temporada como manda o figurino.
Agora, se for para disputar a fase preliminar da Libertadores montando um time na base da aposta, será melhor participar desde o início da temporada com o time principal, até porque a fase preliminar da Libertadores começa no dia 22 de janeiro, e o estadual no final de janeiro. Logo, haveria necessidade de abreviar a pré-temporada. Então que pelo menos o clube ofereça um produto menos ruim aos seus associados desde o início da temporada.
Nosso campeonato estadual além de não acrescentar para a valorização de uma marca como a nossa, pelo lado financeiro chega ser ofensivo no que se refere à cotas de TV. Justifica-se apenas para a satisfação de grande parte da torcida, principalmente se for campeão em cima dos coxas, assim como em 2016.
O Atlético ultimamente tem uma relação puramente comercial com sua torcida, se coloca como um produto enlatado para ser consumido, e o seu MKT tem uma política agressiva no sentido de coagir seus consumidores a aceitar de bom grado o que lhe é ofertado, tudo em nome da paixão. Acontece que paixão acaba.
Isto que estou dizendo ficará mais evidente com festa que a torcida paranista fará na Arena, com direito à todos os adereços que lhe convir, além dos preços populares e da democratização do espaço.
P.S.: Não sou contra o modelo do plano de sócios do Atlético, cada um sabe onde o calo lhe dói. Apenas não acho adequado para um clube que precisa crescer, ofertar arroz com feijão por tanto tempo, à preço de caviar.