Quatro motivos para acreditar no bicampeonato
O Athletico entra em campo a partir deste sábado (19) defendendo o titulo conquistado em 2018.
Sem levantar títulos de maneira seguida há muito tempo, desde o tricampeonato de 2000, 2001 e 2002, a jovem equipe rubro-negra tem alguns motivos para entrar como uma das favoritas no certame deste ano.
A bem da verdade o Furacão, diferentemente de outros concorrentes da capital, nunca foi um time de enfileirar títulos estaduais em série, tendo sido somente tricampeão uma vez como já citado e bi em 1929/1930 e 1982/1983. Como comparação, recentemente o Coritiba foi tetra (2010/2013), o Paraná Clube penta (1993/1997) e o Britânia hexa (1918/1923), feito só igualado pelo coxa entre 1971 e 1976.
1.MOTIVAÇÃO
Enquanto os principais rivais da capital passam por crises financeiras e técnica, com a manutenção do Coritiba na Série B e rebaixamento do Paraná Clube no nacional, o Athletico veio de um 2018 com duas conquistas, sendo uma delas a sua primeira em nível internacional. Ou seja, enquanto as outras duas torcidas estão mais do que desconfiadas de seus clubes, a nação atleticana acredita e confia na conquista.
Outra equipe que mostrou-se forte últimos anos foi o Londrina, campeão paranaense de 2014 e com boas e consistentes campanhas na segundona nacional, mas que optou por emprestar seus principais atletas para jogarem o Paulistão e pensar somente nas competições nacionais.
2. FATOR ARENA
No estadual 2018 o Athletico foi imbatível em casa. Foram 6 vitórias, incluindo a final onde superou o Coritiba por 2 a 0 e 4 empates, sendo que num deles a equipe perdeu nos pênaltis a decisão do 1º turno.
Ao todo foram 18 gols marcados e 2 sofridos. No cômputo geral do ano os resultados são ainda mais expressivos. Ao todo pelo estadual, Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana o Athletico jogou 39 partidas dentro do Joaquim Américo, com 26 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, tendo marcado 80 gols e sofrido 26, mostrando toda força do time dentro do Caldeirão.
3. ELENCO
Ainda que o clube utilize uma equipe de aspirantes e tenha perdido dois titulares importantíssimos como Pablo (vendido ao São Paulo) e Raphael Veiga (devolvido do empréstimo ao Palmeiras), a reposição foi satisfatória.
Se em 2013, 2014, 2015 e 2017 optou-se por colocar-se um time inteiro da base, o chamado sub 23, em 2018 o comando técnico mesclou as jovens promessas atleticanas com alguns jogadores que já haviam atuado pelo elenco principal e outros jogadores mais experientes, fazendo uma campanha mais consistente e assim conquistando o título.
Jogadores como Ederson, Pierre e Emerson estiveram ajudando jovens como Renan Lodi e Bruno Guimarães que foram ganhando cancha no time de aspirantes campeão estadual e tornaram-se peças importantes e titulares absolutos ao fim da temporada.
Em 2019 se juntam a piazada atleticana o zagueiro Robson Bambu, o atacante Bergson e ainda os meias Matheus Anjos e João Pedro que voltaram de empréstimo e buscam se firmar no time principal.
4. NOVA CHANCE
Léo Pereira já estava no elenco profissional do Athletico desde 2013, havia sido emprestado para o Guaratinguetá, Nautico e Orlando City sem nunca se firmar. No Paranaense 2018 entretanto o ainda jovem zagueiro se firmou e esteve pronto para substituir a dupla de zaga então titular do time principal (Paulo André e Thiago Heleno), passando a frente dos demais suplentes Zé Ivaldo e Wanderson, tendo terminado a temporada como um dos destaques do Furacão.
Uma das apostas para a retomada do bom futebol está depositada no atacante Bergson. Contratado junto ao Paysandu onde havia feito 28 gols em 2017, o gaúcho de 27 anos conquistou logo todos com sua simpatia e garra nos jogos, mas mostrou muito afobamento, erros infantis e baixíssima produtividade ofensiva: foram somente 5 gols ano passado.
Num dos elencos mais fortes do campeonato diante de adversários tecnicamente inferiores espera-se que Bergson retome o caminho dos gols, recobre a confiança e possa efetivamente ajudar o elenco que terá muitas importantes competições ao longo de 2019.