11 mar 2019 - 22h33

Conheça o boliviano Jorge Wilstermann, adversário desta quinta-feira

Na mesma época em que a torcida atleticana da pacata Curitiba do fim da década de 40 comemorava um feito histórico do Athletico – que alcançou a marca de 11 vitórias em 12 partidas, com 49 gols a favor e apenas 19 contra e passou a ser conhecido como Furacão – na cidade de Cochabamba, na Bolívia, nascia o Clube Sports e LAB Cultural, em 24 de novembro de 1949, clube que, quatro anos mais tarde, passou a se chamar Jorge Wilstermann. Os bolivianos são adversários do Rubro-Negro na segunda rodada do Grupo G da Libertadores, na partida desta quinta-feira (14), às 21 horas, na Arena da Baixada.

A fundação do clube foi iniciativa de um grupo de trabalhadores da empresa aérea Lloyd Aéreo Boliviano, inicialmente com foco em três esportes: futebol, tênis e xadrez. Anos depois, em 1953, ocorreu a mudança do nome para o Club Deportivo Jorge Wilstermann, em homenagem ao primeiro piloto comercial na Bolívia.

Curiosamente, além do histórico ano de 1949 que marca os dois clubes, o Atlético também tem uma identificação especial com a aviação brasileira e mundial. Em 1916, o Internacional Foot-Ball Club, que deu origem ao Athletico anos depois, em 1924, recebeu a filiação de um sócio ilustre: Alberto Santos Dumont, conhecido como “Pai da Aviação”, por ter sido o primeiro a realizar um voo a bordo de um avião a motor, sem a necessidade de rampas de lançamento.

O Jorge Wilstermann adotou as cores azul e vermelho como oficiais e tem em seus lemas princípios de força, garra e rendição total no campo, que a torcida gosta de exaltar em cantos e bandeiras. O escudo é um projeto original, que contém o “W” de Wilstermann, cinco estrelas que refletem a qualidade da equipe e três asas de cada lado, em referência à origem do clube de aviadores.

Tradição no futebol boliviano

Ao longo dos anos, o Jorge Wilstermann se consolidou como uma das principais referências do futebol boliviano. Tem 13 títulos e 8 vice-campeonatos da Primeira Divisão da Bolívia, 21 participações em competições internacionais, sendo o primeiro clube do país a participar da Copa Libertadores, em 1981. Entre os principais rivais locais estão o Club Aurora, sem muita expressão internacional mas que faz o tradicional clássico Cochabambino, no Estádio Félix Capriles; o Club Bolívar, de La Paz, e o Oriente Petrolero, de Santa Cruz de la Sierra.

Jorge Wilstermann. Foto: @Wilstermann
Torcida do Jorge Wilstermann: festa nas arquibancadas. Foto: @Wilstermann

Temporada 2019

Na estreia na Libertadores, o Wilstermann empatou com o Boca Juniors em 0 a 0, usando como um dos trunfos a altitude de 2.500 metros do Estádio Félix Capriles.

No comando do time, um velho conhecido da torcida rubro-negra: Miguel Ángel Portugal, que treinou o Athletico em 2014, com 5 vitórias, 2 empates e 6 derrotas, inclusive com a eliminação ainda na fase de grupos da Libertadores daquele ano.

O time vem de vitória por 3 a 0 sobre o San José, no torneio Apertura do Campeonato Boliviano, ocupando a 5ª colocação na classificação, com 5 vitórias, 2 empates e 4 derrotas.

A equipe tem na manutenção da base do ano passado um dos diferenciais para a campanha deste ano. Três brasileiros fazem parte do grupo: o zagueiro Alex Silva, o meia Serginho e o atacante Lucas Gaúcho. Entre os destaques do time, o meia argentino Cristian Chávez, de 32 anos, revelado pelo Boca Juniors.



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