Meu jogo inesquecível do Furacão!
Ano 2001, Brasileirão série A, estádio Couto Pereira , clássico ATLEtiba, domingo a tarde, chuva. Jogo nervoso, truncado, pegado, expulsão! Rogério Corrêa, nosso beque! Furacão com dez em campo!
Motivos para apreensão? Não, com aquele time que naquele ano viria a conquistar o Brasil! Mestre Geninho, com toda a calma e sabedoria que lhe é peculiar, põem mais fogo no clássico e coloca nosso trunfo Souza em campo. E o craque entra, põem a bola embaixo do braço e comanda o furacão contra os coxas, que atônitos, não acreditam no que estão vendo, o furacão indo pra cima deles com um jogador a menos e levando perigo ao gol alviverde.
Mas como já dizia Jardel, clássico é clássico e vice-versa, os coxas em um dos raros contra ataque em que tiveram, entraram na área e o pantera Flávio derrubou o atacante coxinha. Pênalti pra eles! Já era, pensei! Na batida, lembro até hoje, Enílton, o “maluco beleza” deles, foi tremendo para a bola e realmente como um legítimo pantera, Flávio se esticou todo e jogou a pelota para a linha de fundo.
Delírio no gol de fundos do Belfort Duarte, vulgo pinga mijo, a massa vermelha e preta conduziu o furacão no grito até o final do jogo e comemorou aquele ponto que mais tarde seria precioso para terminar a primeira fase em segundo lugar, atrás justamente do nosso rival da decisão, o São Caetano, e dali em diante todos nós sabemos como terminou aquele ano mágico tendo na figura de Alex Mineiro o ponto alto daquela conquista. Foi um 0x0. Mais um 0x0 que presenciei e que guardo na memória até hoje, de um grupo que marcou época no coração de todo torcedor atleticano.