A sonhada medalha como joia de família
95 gramas, 48 centímetros de comprimento, 6 centímetros de diâmetro e um significado imensurável! Para alguns, apenas uma simples medalha, mas para toda nação atleticana, o símbolo de uma das maiores conquistas do clube até aqui, em 95 anos de história: a medalha de campeão da Copa Sul-Americana!
E quem poderia imaginar ter em mãos algo tão grandioso? A família da atleticana Celia Maria Wormsbecker não apenas imaginou, como conseguiu ter o que eles já chamam de “joia da família” dentro de casa!
A iniciativa partiu do filho, Luiz Eduardo, com a aquisição por meio da ONG Endeleza, que faz ações de desenvolvimento humano e comunitário no Quênia, entre elas uma escola de futebol do Athletico no vilarejo de Mugai, local onde mais da metade da população vive abaixo da linha da pobreza.
“O clube pediu algumas medalhas [da Sul-Americana] a mais para a Conmebol, para dar para membros da comissão técnica que não tinham ganho. Sobraram algumas e eles doaram para a Endeleza, que fez a venda para financiar seus projetos”, explicou Luiz, que mora na África do Sul e, por isso, solicitou aos pais para fazerem a retirada.
“É imensurável o significado dessa medalha para a gente, porque ela simboliza o primeiro título [internacional] e não vamos esquecê-lo nunca. É algo muito grandioso!”, disse a emocionada Celia, que representou o filho na entrega oficial da medalha, na Arena da Baixada.
Agora, ela aguarda o filho para enquadrarem o prêmio, símbolo de uma grande – e suada – conquista. “Vamos colocar num quadro. Guardei [a medalha] com muito carinho e vou esperar em junho, quando ele vem ao Brasil, para escolher o modelo que vai ser e colocar num quadro.”
Um 12 de dezembro ainda mais especial
Para a Celia, a noite de 12 de dezembro é e sempre foi especial. No exato dia da conquista da Sul-Americana, ela e o marido faziam aniversário de casamento. “Foi nosso aniversário de casamento e fomos comemorar com o Athletico. Consideramos o título de campeão da Sul-Americana um presente de 43 anos de casados.”
O Athletico está presente na vida dessa atleticana de 63 anos desde a juventude – e pasmem, motivada por uma família coxa-branca. “Acho que comecei a ser atleticana para brincar com meu avô e minha mãe, que eram coxa. Sou uma atleticana muito fanática, gosto demais de brincar com os coxas-brancas, principalmente agora que estamos no auge”, disse, lembrando dos laços familiares com o tradicional rival.
E se vierem outros títulos, teremos mais medalhas na família? A expectativa é que sim! “Acredito que virão muitos outros títulos, se depender da minha torcida e da minha família, com certeza virão!”