Boca Juniors: Aquele adversário que dispensa apresentações
Responda rápido: qual time sul-americano você sempre sonhou em ver o Athletico jogar? Com certeza, o Boca Juniors será a resposta da maioria das pessoas. Pois bem, chegou este grande dia e nesta terça-feira (02), finalmente teremos um Athletico x Boca, na Arena da Baixada.
O Club Atlético Boca Juniors é o tipo de adversário que dispensa apresentações. Segundo maior vencedor da história da Libertadores com seis conquistas (1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007) – perde apenas para o Independiente, com sete – os Xeneizes, como são conhecidos os torcedores do Boca, somam ainda mais três Mundiais de clubes e 33 títulos do campeonato Argentino.
Respeitado e temido no mundo inteiro, tem no elenco ícones do futebol mundial, como Carlitos Tévez, Ábila, Benedetto e Pavón – desses, apenas o atacante Ábila deve ficar de fora do jogo na Baixada.
A partida em Curitiba é na véspera do aniversário de 114 anos do clube argentino, fundado em 03 de abril de 1905 por adolescentes descendentes de imigrantes italianos de origem genovesa (“xeneize”, no dialeto local), moradores do bairro La Boca.
Tradição e títulos
Desde a fase amadora do clube, o futebol sempre foi o esporte principal, adotando as cores azul e amarelo numa espécie de aposta entre os adolescentes e amigos fundadores do Boca: decidiram que as cores seriam as mesmas da bandeira do primeiro navio que atracasse no porto de Buenos Aires – que foi um de origem sueca, dando cores ao clube recém-fundado.
A partir da década de 1930, o Boca deu os primeiros passos na profissionalização – antes, já tinha conquistado pelo menos seis títulos de expressão no amador – e já em 1931 conquistou o primeiro campeonato profissional do futebol argentino, iniciando uma galeria de títulos que só cresceu ao longo dos anos.
Em maio de 1940, o clube inaugurou o estádio Camilo Cichero, primeiro nome da tradicional e temida La Bombonera, palco da partida entre Boca e Athletico, no dia 09 de maio.
Em 1977 e 1978, as primeiras conquistas internacionais, com o bicampeonato da Libertadores e a conquista do Mundial em 77, sobre o alemão Borussia Mönchengladbach. A partir dos anos 1990, o Boca ganhou fama internacional de “time copeiro”, recheando o currículo com os principais troféus Sul-Americanos: Supercopa em 89, Recopa (1990, 2005, 2006 e 2008), Sul-Americana (2004 e 2005) e Libertadores, além dos Mundiais em 2000 e 2003, sobre ninguém menos que Real Madrid e Milan, respectivamente.
Também tem na galeria de craques alguns dos grandes nomes do futebol mundial: o principal deles e grande ídolo argentino, Maradona, além de nomes como Batistuta, Caniggia, Riquelme, Palermo, Schiavi, Fernando Gago, Barros Schelotto e tantos outros, que ajudaram a escrever a história do clube e do futebol argentino no cenário internacional.