Monstro Rony! Menino Ruben!
Domingo, 31 de março. Um dos meus grandes amigos dispara uma mensagem: “gente, acordei assustado às 05h30 da manhã e sonhei que o Athletico ganhou do Boca, placar 2 x 0”. Demos algumas risadas e aquele famoso: “tomara…tomara”.
Hoje soltei uma mensagem logo cedo: “cara, se você tivesse dormido até às 06h00, iria ver o terceiro gol”. Boas gargalhadas de alívio e um coração rasgando de felicidade.
Terça-feira, 2 de abril. Seria uma grande noite. E foi. Foi uma noite de gigantes, uma noite de cachorro grande, daqueles que lutam e esbravejam até o final, por cada milímetro de espaço. Que cenário! Que torcida! Uma atmosfera que já ditava, desde os primeiros minutos do dia, que seria escrita uma linda história. Em um dos caminhos que nos levava a nossa Baixada querida, pouco papo, muita concentração. Mãos um pouco trêmulas, passos lentos, olhos atentos. Lá vem o Boca, um dos maiores e mais temidos. Quanta honra e quanto respeito, e cá entre nós, que grande time!
Entramos na Arena, e se o Boca é um grande time, nós fomos imensos. Primeiros minutos de tensão e a certeza de que 1 x 0 seria uma goleada. Eis que surge um grande jogador, um monstro chamado Rony! Incansável, lutador. Uma vontade de vencer que brilhava os olhos do atleticano. Ali estava a representação viva da garra, com uma resposta exata: estamos jogando com o time argentino de igual pra igual. E vamos ganhar. Eu pensava isso a todo instante quando corria os olhos para esse cara chamado Rony. Sim, nós temos o Monstro Rony.
E como em passes de mágica, superamos os primeiros angustiantes 15 minutos e começamos a cantar mais alto. E mais alto. E mais alto. Pronto, estava realmente escrita a história da noite de terça-feira, 2 de abril. Iríamos vencer o Boca.
Como? E veio a resposta que todos precisavam: um cara chamado Ruben! Um gênio! Um garoto de 32 anos que parece brincar de jogar bola. Uma raça e um posicionamento dignos de um camisa 9. Dobrou a zaga do Boca Juniors e meteu 1. Meteu 2. Que adrenalina! Quanta felicidade! Vamos ganhar dos argentinos, as mãos agora já estavam trêmulas de alegria, um sorriso que não cabia mais no rosto. Uma arquibancada vestida de esperanças, de paixão e de luz. E Marco meteu 3. Um rosto “rachado”, ferido, reconstituído. Um sangue forte!
Obrigado, menino Ruben!
Não, não foi apenas um sonho. Passamos por cima do Boca Juniors, o tão grandioso time argentino e um dos mais temidos da América. Uma noite do tamanho do Athletico, daquelas que fazem o atleticano estufar o peito, respirar fundo e encher o coração de felicidade.
Uma noite de monstros e meninos.