O Fala, Atleticano é um canal de manifestação da torcida do Atlético. Os textos abaixo publicados foram escritos por torcedores rubro-negros e não representam necessariamente a opinião dos responsáveis pelo site. Os autores se responsabilizam pelos textos por eles assinados. Para colaborar com um texto, clique aqui e siga as instruções. Confira abaixo os textos dos torcedores rubro-negros:
6 abr 2019 - 18h53

O protagonismo alçado pelo Athletico Paranaense na América Latina

O carinho do Clube Atlético Paranaense, ou Club Athletico Paranaense, conforme nos foi determinado, com torneios que ultrapassam os limites geográficos do Brasil já é de longa data neste século após o título brasileiro de 2001.

Em 2005 tivemos um desempenho excelente na Copa Libertadores (mesmo com um elenco limitado), indo até a final na raça e na força da torcida contra o “irmão” brasileiro São Paulo, que decidiu, em uma ação conjunta com cartolas que preferimos nem lembrar, afastar uma das principais armas do Furacão: a Arena da Baixada. A derrota aconteceu, mas a partir daí já estava consolidado nosso potencial de time copeiro e de que podíamos alçar voos mais altos do que jamais imaginaríamos.

Veio 2006 e a sina por conquistar a América do Sul. Com um elenco com os saudosos colombiano Ferreira (“La Pulga” a la Messi) e Denis Marques (artilheiro dos gols bonitos), o Furacão foi até a semifinal da Copa Sul-Americana contra o clube mexicano Pachuca, que não conseguimos vencer. A segunda derrota em cerca de um ano na reta final para conquistar competições internacionais doeu entre os atleticanos. Daí em diante o Furacão teve algumas vitórias consideráveis diante de rivais estrangeiros, mas jamais um protagonismo na reta final de torneios na América Latina.

Porém, 2018 um dia chegaria… e chegou. O Athletico, com uma atuação que rendeu elogios na imprensa brasileira e internacional, através de um time copeiro, de raça e de qualidade técnica ímpar, e com o atacante Pablo inspirado mais do que nunca, conquistou a Copa Sul-Americana em final eletrizante contra o time colombiano Junior Barranquilla. Foi nos pênaltis em partida extremamente difícil em pleno Joaquim Américo, mas o atleticano está acostumado, afinal nada é fácil para nós. Foi a consolidação de um projeto que começou há muito tempo atrás. Cada atleticano, no pênalti assinalado pelo general Thiago Heleno, se sentiu um pouco vingado pela Libertadores de 2005 e menos frustrado pela Sul-Americana de 2006. Título na Arena da Baixada e o protagonismo não era somente no Paraná, ele era agora no continente.

Começou 2019 e todo o torcedor do Furacão só pensava e pensa em uma coisa: Libertadores da América. O time principal ficou resguardado somente para a competição internacional, enquanto a nossa piazada atuou e atua no Paranaense. Chegou o dia 05 de março e a estreia preocupante contra o Tolima na Colômbia com derrota por 1 a 0. O receio da empolgação do título e 2018 ter afetado o elenco resistiu até 27 de março, quando o Athletico explodiu de felicidade a Baixada, ganhando de 4 a 0 Jorge Wilstermann da Bolívia em Curitiba.

Boca Juniors. Sim meus amigos, o destino reservou o maior clube argentino e um dos maiores do mundo para enfrentar o Rubro-Negro em plena Baixada no dia 2 de abril de 2019. A partida foi iniciada e era difícil acreditar que este sonho era realidade. Tudo melhoraria ainda mais através dos dois pés e da cabeça de Marco Ruben, que fez o triplete contra os hermanos e fez a Arena da Baixada ficar mais linda do que já é. O campeão da Sul-Americana de 2018 mostrou a que veio na Libertadores, enfrentando e vencendo o finalista da Libertadores do ano passado.

O protagonismo de fato está consolidado na América Latina e com ele veio a exposição inigualável da mística da torcida e da Arena da Baixada para a Argentina e todos os países da América do Sul, conforme vimos em tantos vídeos no Youtube e em diversos comentários em espanhol no Twitter durante esta semana. Só que ser protagonista é algo difícil de alcançar e ainda mais de manter. Para isso o Athletico tem a frente mais três jogos na fase de grupos da Libertadores, um deles contra o Tolima, que já nos derrotou, em pleno Joaquim Américo. É hora de vencer dentro de casa e fora dela, fórmula que nos garantiu o título sul-americano e garantir uma vaga nas oitavas da querida e exigente Libertadores da América.

A vitória diante do Boca Juniors demonstra que sonhar com o título da Libertadores de 2019 não é algo impossível. Muito pelo contrário, é viável diante das nossas atuações e do tamanho que o Athletico Paranaense assumiu nos últimos anos. Vencemos um dos principais candidatos ao título, porém a glória está longe de ser alcançada. Há muito suor e sangue (como o do rosto de Marco Ruben) para ser derramado antes da fase final. Aos jogadores o que desejamos é humildade, treinamento, garra e honra, que os jogos sejam batalhas, assim como de fato os libertadores da América do Sul fizeram diante dos europeus.

E se a vitória não vier, que a derrota seja em pé, pois o patamar que assumimos não nos permite achar que não poderemos durante os próximos anos lutar por títulos que jamais pensaríamos alcançar.



Últimas Notícias

Notícias

100 palavras

“Palavras não são friasPalavras não são boasOs números pros diasE os nomes pras pessoas” – TITÃS Um misto de sentimentos me tocou a alma na…