A superioridade do Athletico no Paraná não é soberba, é um fato
Um calendário bizarro obrigou o Athletico Paranaense a jogar duas partidas importantes em cerca de 24 horas… e vencê-las. Terça-feira, 9, foi dia de enfrentar pela Libertadores o Tolima, time colombiano de qualidade, que na base da retranca trouxe dificuldades ao Furacão na Arena da Baixada, mas que não foi páreo para a excelente fase de Bruno Guimarães, que fez o gol da vitória e “quebrou o muro” na etapa complementar.
Na noite da quarta-feira, 10, foi a hora dos aspirantes do Athletico enfrentar o time principal do Coritiba na Baixada, piazada que jogou de igual para igual com o coirmão alviverde, impondo uma derrota nos pênaltis na base da raça. A Taça Dirceu Krüger é nossa e a superioridade no Paraná também, faz tempo.
Que semana, meus amigos athleticanos! Comemorar duas vitórias em pouco mais de um dia é algo que eu nunca tinha vivenciado e que frustrou a intenção de qualquer um que queria ter prejudicado (ou não) a instituição Club Athletico Paranaense. Tempos difíceis para quem torce contra o Furacão. Primeira questão: a Libertadores é uma competição com a cara do atual time copeiro do Athletico e as vitórias e atuações convincentes estão demonstrando isso. Segundo item: o curto tempo da vitória parcial do rival e a reação dantesca da torcida deles demonstrou o quão importante foi termos vencido dos coxas. O jogo “só acaba quando termina” e Marquinho fez questão de lembrar isso.
Falar de superioridade athleticana no contexto futebolístico paranaense não é mais discurso de torcedor soberbo, é um fato diante de resultados e títulos conquistados pelo Furacão nos últimos anos. O Rubro-Negro alcançou é um clube protagonista na América do Sul e no Brasil com base na ousadia, planejamento, qualidade e superação de dificuldades impostas nacionalmente com favorecimento aos clubes do eixo Rio – São Paulo.
Diante da péssima fase (não sei se será passageira) dos rivais de Curitiba, o tamanho do Athletico fica ainda maior. Estamos falando de um clube campeão da Copa Sulamericana 2018, que disputa o Campeonato Paranaense de igual para a igual com rivais com um elenco “C”, enquanto todos os outros atuam com equipes principais. Tudo isso no mesmo momento em que Coritiba e Paraná disputam a Série B do Campeonato Brasileiro e encontram rivalidade o ano todo somente com o Operário e Londrina, estes que crescem a cada dia mais.
Logicamente que um dia tudo pode mudar. Uma das coisas mais interessantes no futebol é a rotatividade, a possibilidade dos “humilhados serem exaltados”. Mas que não me venham afirmar que o Athletico Paranaense é soberbo, somos um time popular, que já enfrentou fases horríveis, que lutou contra as adversidades (sem estádio, sem elenco e sem holofotes) enquanto os rivais da capital tinham estrutura, elenco e favorecimentos em vários aspectos. Portanto, o que o Athletico Paranaense conquistou é fruto de muito esforço e luta, da torcida e da diretoria, e que sirva de exemplo para os que hoje figuram na série B.
Aos athleticanos, o momento é de celebrar o tamanho que alçamos e realmente “tirar sarro” dos rivais, afinal a rivalidade sadia faz parte do esporte. Ao elenco do Furacão: foco na final do Paranaense 2019 contra o Toledo e sigam disputando com honra e raça a Libertadores da América. Que mais um título estadual e a classificação para a segunda fase venham! E se não vierem, o maior time paranaense seguirá lutando como protagonista no Brasil.