Eu comecei a acompanhar o Atlético pra valer lá por 85, pelo rádio mesmo. Na época a piazada se dividia entre Atlético x Coxa e Piquet x Senna. Era bem meio a meio.

No estádio, mesmo, me lembro que assisti as finais contra o Pinheiros em 88, quando depois de perder um título ganho no fim com um pênalti perdido pelo Carlinhos, vencemos por 1×0 com um gol do Manguinha no jogo do desempate, no Pinheirão. Na época eu tinha 11 anos, meu pai coxa-branca me levou no jogo, junto com um amigo meu do qual sou padrinho de casamento e que também foi com o pai, coxa-branca. Lembro dele correndo com a bandeira dele esbarrando em todo mundo, todos felizes.

Naquela época não imaginava que 30 anos depois ia assistir o Atlético jogando na Bombonera.

É um tesão isso, me sinto privilegiado.

Assisti o Atlético ser campeão em São Caetano do Sul e também vi o time jogar uma final de Copa do Brasil no Maracanã, que apesar de ser uma merda de jogo, foi um tesão de dia como atleticano.

Apesar dos traumas, até hoje me arrependo de não ter ido em Erechim e em Porto Alegre, na final da Libertadores. Sinto que perdi grandes momentos.

Não vejo a hora de acordar de madrugada na quinta e ir pro aeroporto. Estou brincando de falar espanhol com minha filha, que aprende na escola. Queria que ela fosse junto com minha esposa, mas não vai dar.

É lindo ser atleticano.

A gente ter que curtir mais.