23 maio 2019 - 12h01

Aplausos para Lucho

Luiz Óscar Gonzalez, Lucho Gonzalez, aquele meia avançado gringo que joga com camisa de zagueiro. O cara do 3 tatuado no pescoço. Um veterano argentino que veio se aposentar aqui. Nada disso!!! Ele é El Comandante!!!

Aqui, demorou muito tempo para entendermos a real importância de Lucho no nosso esquema. Um líder dentro de campo. Um exemplo de conduta. Dedicação tática. Disciplina, garra, força. O DNA vencedor que clamávamos faltar no nosso elenco muitas vezes.

No TOP 3 dos hermanos campeões
Lucho, multicampeão, com mais taças que anos de carreira, é uma lenda no futebol portenho. Está no top 3 de atletas argentinos mais vencedores no mundo do futebol, ao lado de Carlitos Tevez e do extraterrestre Lionel Messi.

Queria eu que Lucho tivesse só uns 32 ou 34 anos, pudesse ficar aqui mais uns seis, oito anos talvez, preparando nossas próximas gerações, coordenando os meninos de dentro do campo. No nosso Athletico, o clube que mais coloca atletas da base em campo na elite do futebol brasileiro, sem medo. Ensinando e implantando esse DNA de que “uma final não se joga, se ganha”.

A real dimensão de Lucho
Para nós, é difícil compreender a real dimensão de quem é Lucho. Mas para ser breve, farei um breve relato do que é esse cara, a propósito, O CARA. Exemplo de caráter, liderança dentro e fora de campo, megacampeão. Ouro olímpico e tem o ex-jogador, doutor, Sócrates como ídolo.

Numa final de Recopa, aos 38 anos de idade, dita o ritmo alucinante contra o maior clube argentino, que o pôs no cenário do futebol mundial, onde é ídolo. No anúncio da escalação no telão, a torcida do River parou de cantar para bater palmas a Lucho.

A dez segundos de jogo, após roubar a bola no meio, romper em direção à meta, desferir um chute certeiro a meia altura e exigir uma belíssima defesa de Armani, o goleiro da seleção argentina. Novamente a torcida do River aplaudiu o mestre que tirou o UHHH da galera atleticana.

O ato final
E o ato final, na metade do segundo tempo, momento clássico da substituição de Lucho, o estádio todo levanta para aplaudir. Quem levanta e bate palmas junto? A torcida ‘milionária”!!!

A conclusão a que chego é que Lucho está para o futebol argentino como Ronaldo Fenômeno está para o brasileiro, que mesmo com suas limitações físicas se readaptou e permanece dando alegrias ao torcedor. Exemplo de conquistas, persistência, amor ao futebol e carinho do torcedor.

Só me resta pedir: “Aplausos para Lucho”!!!



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