Marco Ruben, o centroavante silencioso

Marco Ruben. Foto: FURACAO.COM/Joka Madruga

Essas foram as palavras do técnico Tiago Nunes na coletiva pós-classificação para as quartas-de-final da Copa Brasil para definir o artilheiro do clube no ano.

Um jogador que não chama tanto os holofotes para si e que chegou ao clube após uma das piores temporadas da sua carreira. Apesar da grande aprovação da torcida sobre a contratação, existia uma desconfiança se o argentino conseguiria substituir Pablo (artilheiro do clube em 2018) à altura.

Mas Marco Ruben não precisou de muitos jogos para se provar como uma das melhores contratações do Athletico nos últimos anos. Ele retomou a alegria e o prazer de jogar futebol e caiu nas graças da torcida tão rápido como se viu poucas vezes na história do clube.

Os números de Ruben impressionam: são 12 gols em 16 partidas válidas por Libertadores (artilheiro da competição), Brasileirão, Copa do Brasil, Recopa e amistosos. Uma média de 0,75 gol por jogo. E detalhe que chama atenção: todos com apenas um toque na bola, são 3 gols com a perna direita, 3 gols com a perna esquerda, 5 gols de cabeças, apesar dos seus 1,79m de altura, e 1 de barriga.

Seria exagero afirmar que o argentino é o melhor atacante que vimos na Baixada desde Washington em 2004? Ou que é o centroavante mais letal do Brasil? Os números dizem que não.

Melhores temporadas de atacantes do Athletico nos últimos anos:

 

Ano Gols Jogos Média
Washington 2004 44 49 0,90
Marco Ruben 2019 12 16 0,75
Lima 2005 21 35 0,60
Rafael Moura 2008 9 16 0,56
Éderson 2013 25 47 0,53
Marcelo Cirino 2012 16 30 0,53
Pablo 2018 18 51 0,35

 

Melhores médias de gols de atacantes da série A em 2019:

Clube Gols Jogos Média
Marco Ruben CAP 12 16 0,75
Daniel Amorim AVA 14 24 0,58
Fred CRU 16 29 0,55
Gilberto BAH 16 30 0,53
Gabigol FLA 13 24 0,54
Ricardo Oliveira CAM 13 25 0,52
Bruno Henrique FLA 13 25 0,52
Luciano FLU 15 30 0,50

 

Jogo após jogo, o matador silencioso vai aumentando cada vez mais seus feitos, o hat-trick contra Boca Juniors, o gol em La Bombonera e o toque de canhota na Recopa contra River Plate são gols históricos que vão ficar marcados na memória do torcedor, e agora o peixinho nos minutos finais contra o Fortaleza mantém o sonho vivo do Furacão de conquistar a Copa do Brasil.