14 jun 2019 - 10h19

A história do Athletico nas Copas Américas

O torcedor atleticano ficará quase um mês sem acompanhar os jogos do Furacão. Isso porque começa nesta sexta-feira (14/6) a Copa América, que será realizada no Brasil.

Enquanto o dia 10 de julho não chega, data da partida contra o Flamengo pelas quartas-de-final da Copa do Brasil, resta aos rubro-negros acompanhar as partidas da Seleção Brasileira.

Apesar de ter duas crias do CT do Caju entre os convocados (Fernandinho e Alex Sandro), o Athletico não tem nenhum jogador atuando pelo clube convocado. Mas o Rubro-Negro já teve jogadores representando o clube na maior competição de seleções da América do Sul em outras oportunidades.

Caju e Joanino (1942)

Em 1942 no Uruguai, quando a Copa América ainda era chamada de Campeonato Sul-Americano, foi a primeira vez que o Athletico teve jogadores convocados para Seleção. Alfredo Gottardi, o Caju, foi o goleiro titular da amarelinha em todos os 6 jogos da competição e Joanino disputou apenas uma partida.

Em “Atlético, A Paixão de um Povo”, livro de Heriberto Ivan Machado e Valério Hoerner Júnior, há mais informações sobre as participações dos atleticanos na competição. A convocação dos dois pegou de surpresa a mídia do eixo Rio-São Paulo e foi muito criticada, principalmente a de Caju, mas a imprensa teve de engolir o ídolo rubro-negro como titular.

E a majestade do arco não decepcionou. Na goleada por 6 a 1 contra o Chile, Caju teve uma atuação irretocável e mesmo na derrota por 2 a 1 pra Argentina foi considerado um dos melhores em campo. A imprensa internacional definiu Caju como “sóbrio, seguro e arrojado” e ao fim da competição foi considerado unanimemente como o melhor goleiro do campeonato. O Brasil terminou na 3ª colocação e o Uruguai se sagrou campeão.

Valdir (1991)
*Texto de Jefferson Gabardo

Valdir Benedito foi um volante marcador, voluntarioso e talentoso. Chegou ao Athletico para o Campeonato Nacional de 1988 emprestado pela Platinense e depois disso acabou sendo comprado em definitivo. Foi bicampeão paranaense em 1990 e em 2001 (sua segunda passagem pelo Furacão, já em fim de carreira foi reserva de Cocito e Kleberson) e também tem um acesso para primeira divisão em 1990.

Em 1991, fez parte de um grande time que começou arrasador o Campeonato Brasileiro: Rafael; Jorge Luís, Leonardo, Batista e Odemilson; Valdir, Luís Carlos Martins e André; Carlinhos, Tico e Éder Aleixo. E acabou chamando a atenção do técnico Falcão, que tinha a missão de reformular a Seleção Brasileira. Foi convocado para dois amistosos contra a Bulgária e Argentina, sendo titular nestas partidas, e através delas confirmou a sua convocação para a Copa América.

Valdir representou o Athletico na Copa América 1991 [foto: arquivo]

No Chile, começou na reserva e viu o Brasil perder dois jogos, para a Colômbia e Argentina. A Seleção precisava vencer os dois últimos jogos e torcer por um empate da Argentina. O primeiro deles era novamente contra a Colômbia de Valderrama e Rincón. Falcão precisava parar Valderrama, e decidiu chamar Valdir.

O Brasil venceu por 2 a 0 e Valdir seguiu como titular no jogo contra o Chile. A seleção conseguiu outro 2 a 0, mas a Argentina não tropeçou e o Brasil, com Valdir, foi vice-campeão da Copa América no Chile. O volante voltou para o Athletico e calou o grito da torcida do Paraná no seu último jogo na Vila Capanema, 1 a 0 com gol de Washington numa jogada em que se iniciou de uma roubada de bola sua e um toque para Moreno, que deu a assistência para Washington finalizar.

Alessandro (2001)

A passagem do lateral-direito campeão brasileiro de 2001 pela Seleção Brasileira foi curta. Foram apenas três jogos pela amarelinha e apenas um na Copa América de 2001 na Colômbia. Alessandro foi titular na estreia, jogo em que o Brasil acabou derrotado por 1×0 para a seleção do México, após essa partida foi reserva de Belletti no restante da competição.

Alessandro disputou a Copa América de 2001

Em 2011, Alessandro esteve na Granja Comary e relembrou os tempos de seleção: “É sempre bom poder voltar aqui e relembrar aquele tempo bom que eu tive, de defender a seleção brasileira. Lembro, inclusive, que dividi o quarto com o capitão Lúcio. Aquela convocação foi uma das maiores alegrias da minha vida.”

A participação do Brasil nessa Copa América foi um dos maiores vexames que a Seleção já proporcionou, o lateral atleticano viu do banco de reservas a eliminação para Honduras nas quartas-de-final, inclusive com um gol contra do seu substituto, Belletti. O trabalho de Luiz Felipe Scolari continuou em 2002 e todos sabem o final.

David Ferreira (2007)

O colombiano que chegou ao Furacão em 2005 disputou três Copas Américas em sua carreira. Mas foi na edição de 2007, na Venezuela, em que ele foi convocado como atleta do Furacão. A participação colombiana na competição foi bem abaixo do esperado e terminou eliminada na primeira fase. Ferreira disputou as duas primeiras partidas como titular (derrotas por 5 a 0 para o Paraguai e 4 a 2 para Argentina) e entrou no segundo tempo na vitória por 1 a 0 sobre os Estados Unidos.



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