É dia de guerra
Dia 31 de julho de dois mil e dezenove.
Hoje é dia de guerra. O Athletico vai visitar, o temido Boca Juniors na temida La Bombonera, pela segunda vez no ano.
Hoje é dia de tirar a jogadeira do armário e se fardar de rubro-negro desde os primeiros minutos. É dia de colocar o manto por baixo do terno e da gravata. É dia de cumprir todos os rituais possíveis, sair da cama com o pé direito, colocar a cueca ao contrário, usar aquela camisa da sorte.
Hoje é dia de ser atleticano, e daqueles com muito orgulho.
Hoje é dia de entrar para história. É dia de eliminar um dos maiores campeões da américa.
E já que é dia de guerra, não vejo ninguém mais pronto do que o time de guerra do Tiago Nunes, o nosso time, o nosso Athletico.
Não precisamos ir muito longe para saber do que esse time de guerra é capaz.
Faz poucos dias, este mesmo time de guerra eliminou o Flamengo em pleno Maracanã, com quase 70 mil pessoas. E nos colocou pela segunda vez na nossa história em uma semifinal de Copa do Brasil.
Este time de guerra foi campeão da sul americana de 2018, ganhando do Penarol aqui e no Uruguai. Também ganhando do Fluminense, aqui, e mais uma vez no Maracanã.
Claro, que quem vai para a guerra sabe de suas dificuldades, sempre existem os “prós” e os “contras”.
Por exemplo, na Segunda Guerra Mundial, a invasão da Normandia tinha tudo para dar errado. Às vantagens eram todas dos alemães, mas mesmo assim os soldados aliados se superaram e deram início ao fim da ocupação nazista na França, consequentemente pelo resto da Europa.
Hoje é o nosso “Dia D”.
Jogar na Bombonera lotada vai ser difícil? Vai sim, muito.
Vamos enfrentar um dos melhores times da América? Iremos sim.
Mas a história sempre é feita neste tipo de momento. É diante das dificuldades que o ser humano se revela muito mais do que ele é, ou até mais do que ele pensava sobre ele mesmo.
Qualquer vitória simples já nos é de bom grado. Por 1 a 0, Santos que nos acuda. A partir disso, 2 a 1, 3 a 2, a classificação é direta pelo gol fora de casa.
Nós podemos, torcedor Athleticano, a classificação de hoje pode ser qualquer coisa, menos impossível.
Hoje é dia de superação.
Hoje é dia de fazer história.
Hoje é dia de guerra!