10 sugestões para melhorar a venda de lanches na Arena
1 – Aumentar os pontos de venda
No modelo atual, há filas separadas para a venda e para a retirada de produtos em cada lanchonete. Na prática, o torcedor é obrigado a enfrentar duas filas: primeiro para comprar o ticket, depois para retirar a bebida ou comida. As filas não são bem sinalizadas, causando confusão e lentidão. A solução de caixas separados, que já foi adotada anteriormente, é mais eficiente. É possível colocar mais funcionários vendendo os tickets. Isso requer apenas uma pessoa e uma máquina de cartão, solução que é adotada em grandes eventos.
2 – Melhorar a qualidade dos produtos
Há muitas reclamações sobre a qualidade dos lanches. Os sanduíches (choripán, hot dog, pão com pernil) são de má qualidade. Se houver oferta de produtos de melhor qualidade, o consumo será maior. Nos jogos à noite, muitas pessoas contam com a opção de poder fazer uma refeição no estádio.
3 – Aumentar a oferta da linha de produtos
Mesmo que o clube pretenda seguir com o modelo de fornecedor exclusivo para todas as lanchonetes, é possível aumentar a oferta da linha de produtos, com a inclusão de outros sanduíches, pizza, espetinho etc.
4 – Vender as fichas antecipadamente
A venda antecipada de fichas (tickets), pela Internet ou app, ajudaria a reduzir as filas para compras na Arena. O clube lançou recentemente o app “Meu CAP”, que ainda está em fase experimental. Isso possivelmente aumentará a receita. Se os tickets valerem para mais de um jogo, isso permitirá a venda de “pacotes” ou “combos”. E para sócios ou clientes Digi+ Furacão, poderia haver uma vinculação de suas contas com créditos para serem utilizados na Arena.
5 – Aumentar os pontos de venda de produtos
Alguns produtos não estão disponíveis em todas as lanchonetes. Pipoca e picolé, por exemplo, só são vendidos em algumas lanchonetes. São produtos tradicionais em estádios de futebol e muito consumidos por crianças. É possível aumentar os pontos de oferta com pontos específicos para esses produtos, como já houve anteriormente.
6 – Agilizar o atendimento
Os funcionários das lanchonetes precisam de orientação e treinamento para atender o público com maior agilidade. A maior parte do consumo é nos minutos que antecedem ao jogo e no intervalo. É um período muito curto, que exige a adoção de práticas para poder atender o maior número possível de pessoas. Mesmo a entrega de produtos para quem já comprou o ticket antecipadamente é lenta e ineficiente.
7 – Adequar o estoque de produtos conforme a demanda
Em jogos de casa cheia, tem sido comum a falta de produtos. É preciso haver programação para não deixar de atender os consumidores. Isso pode ser facilmente controlado pelo clube, que tem uma estimativa de público de cada partida. Na final do Campeonato Paranaense, por exemplo, vários itens se esgotaram durante o intervalo.
8 – Manter pontos exclusivos de venda de chope
Logo que a venda de bebidas alcóolicas voltou a ser permitida, foram instalados quiosques para vender apenas chope. Depois, esse produto passou a ser vendido na lanchonete junto com outras bebidas. A mudança foi para pior. A venda no quiosque era muito mais agilizada e evitava as longas filas que se formam nas lanchonetes.
9 – Criar vantagem para clientes Digi+ Furacão
Uma maneira atrativa de incentivar a abertura de contas do Banco Digi+ Furacão seria a criação de benefícios exclusivos para clientes. Essa solução poderia ser estudada em conjunto com o novo parceiro, explorando a utilização do cartão para compras com descontos ou preferenciais.
10 – Introduzir a concorrência
Sob o ponto de vista do torcedor/consumidor, a melhor alternativa seria que houvesse concorrência entre diversas lanchonetes. Isso faria com que cada lojista se preocupasse em melhorar a qualidade, o preço e o atendimento para buscar mais clientes. Na primeira fase da Arena, no início dos anos 2000, a experiência era muito melhor: havia uma efetiva “praça de alimentação, com diversas opções, as filas eram menores e a satisfação era maior.
Obstáculos a serem superados
As sugestões reunidas acima tomam em vista a dificuldade de operar as lanchonetes do estádio. Algumas soluções não são tão simples e há vários fatores limitadores. Mesmo assim, há medidas que poderiam ser adotadas para melhorar a experiência do torcedor.
Uma das razões invocadas pelo clube para a ausência de oferta de outros produtos é a ausência de rede de gás encanado. Outra explicação é que a autogestão das lanchonetes pode ser mais vantajosa financeiramente em razão da negociação da exclusividade. Há um acordo comercial com a Copacol, cooperativa que exibe sua marca no uniforme do Athletico
Grandes centros esportivos, como na liga de futebol americano NFL, costumam fechar acordos de concessões de venda de alimentos em suas praças na casa de dezenas de milhões de dólares por temporada.
É preciso considerar que uma lanchonete dentro de um estádio tem uma série de custos adicionais. Alimento é um produto muito sensível e sua venda esporádica (apenas em dias de jogos) torna o processo complicado para quem vende. Para se ter uma ideia, o portal The Takeout realizou uma reportagem examinando a qualidade dos alimentos em 111 arenas norte-americanas nos anos de 2016 e 2017. O resultado foi o seguinte: em 28% dos estabelecimentos, metade ou mais dos serviços de alimentação apresentaram altos níveis de violação sanitária. Ou seja, alimentação é um ativo muito arriscado para o clube se aventurar, considerando ainda seu baixo retorno financeiro.
Não são esperadas mudanças drásticas nestes serviços a curto prazo, mas com uma dose de boa vontade é possível implementar alguma das sugestões da matéria e, assim, beneficiar o torcedor atleticano.