19 ago 2019 - 10h56

O espírito de Paolo Rossi no Athletico

Na magnifica campanha do Campeonato Brasileiro de 1983, o Athletico enfrentou o São Paulo nas quartas-de-final.

Era o reencontro das duas equipes, que haviam duelado no ano anterior. Em 82, o São Paulo venceu o Furacão por 3 a 1. Alguns jogadores são-paulinos, como o goleiro Waldir Peres, serviram a Seleção Brasileira na Copa do Mundo realizada logo depois.

Em 1983, a revanche foi disputada com esse ingrediente adicional: o trauma da eliminação brasileira para a Itália, com três gols de Paolo Rossi.

Baixando o espírito

Poucos minutos antes da entrada das equipes em campo, os repórteres de rádio, entre eles Augusto Mafuz, Wilson Maciel e Sidney Campos, observaram algo estranho no fundo da rede do gol da Igreja.

Os intrépidos radialistas descobriram que se tratava de um macaco de borracha com uma fita rubra-negra enrolada em sua cintura. O texto que acompanhava o material dizia o seguinte: “O espírito de Paolo Rossi vai baixar em Washington. Saravá!”.

Após a leitura do bilhete, o alvoroço foi grande. “É macumba”, diziam alguns. Outros desconfiavam que era coisa de Hélio Alves, conhecido como “Feiticeiro”.

Imediatamente, Waldir Peres foi questionado pelos repórteres sobre o efeito da mandinga. Ele respondeu que era uma bobeira e que nada o atrapalharia ele naquele dia.

Resultado: 2 a 1 para o Furacão, com dois gols de Washington. O primeiro gol saiu após um rebote de Waldir Peres; o segundo foi de pênalti na mesma meta em que o macaco de borracha fora encontrado.

No jogo seguinte, em São Paulo, não foi achado nenhum material estranho. Mas neste dia quem parecia estar presente era o espírito de Zoff, que baixou em Roberto. O goleiro atleticano teve a melhor atuação de um goleiro em todo o Campeonato Brasileiro, o que lhe rendeu a Bola de Ouro como melhor jogador do Brasileirão de 1983.



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