É matar ou morrer: nova decisão, em busca por “uma final” feliz
Decisão. Se tem uma palavra que o torcedor athleticano acostumou-se a ouvir neste ano, certamente é essa.
Usada na Libertadores; passou pela Recopa; virou depois título continental. Agora, chegou a vez da Copa do Brasil.
A maior disputa do ano ainda está por vir, mas para chegar a ela será preciso uma vitória daquelas hercúleas, que marcam história e que viram lendas. O Furacão terá que buscar um triunfo sobre um dos maiores times da América, que vive um dos maiores momentos de sua trajetória e busca seu sexto título da competição nacional: o Grêmio.
Athletico
E para reverter a vantagem da equipe gaúcha, conquistada após vitória por dois tentos a zero, o técnico Tiago Nunes precisará “quebrar a cabeça” para encontrar (e principalmente encaixar) o time ideal.
Visando a partida decisiva da semi-final, o comandante rubro-negro utilizou o último jogo contra o Ceará, pelo campeonato Brasileiro, como uma prévia e campo de testes.
A grande dificuldade reside no fato do Athletico não poder contar com muitos jogadores para este jogo:
1. O zagueiro Léo Pereira cumpre suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo na partida de ida;
2. O lateral-direito Madson pertence ao Grêmio e ficará de fora por questão contratual.
3. Mesma situação do meia-atacante Thonny Anderson;
4. O zagueiro Pedro Henrique não pode jogar a competição por já ter defendido o Corinthians na edição deste ano;
5. Idem para a situação de Abner Vinícius vindo de Ponte-Preta;
6. O lateral-esquerdo Adriano foi contratado após o prazo de inscrições do torneio;
7. Assim como o recém contratado Everton Felipe;
8. O zagueiro Thiago Heleno cumpre período de suspensão por doping;
9. Assim como o volante Camacho;
10. O meia Bruno Nazário operou o joelho direito e desfalcará o Athletico por alguns meses;
11. O lateral-direito Jonathan ainda será reavaliado após desfalcar a equipe em quatro jogos devido lesão.
Para suprir as carências, Tiago Nunes deverá contar com jovens jogadores que vinham treinando com o grupo de aspirantes, como o atacante Pedrinho e o lateral Khellven.
Robson Bambu já foi escalado como titular da zaga no último jogo justamente para ganhar ritmo; assim como Márcio Azevedo, que entrou no intervalo e deverá compor o time que iniciará a partida de quarta-feira.
Com as peças que tem disponível, o Athletico deverá iniciar a partida com: Santos; Khellven, Bambu, Lucas Halter e Márcio Azevedo; Wellington, Bruno Guimarães e Marcelo Cirino; Nikão, Rony e Marco Ruben.
Grêmio
Depois do empate sem gols contra o São Paulo pelo Brasileirão, Renato Gaúcho terá uma baixa confirmada e uma dúvida para a decisão.
Everton, suspenso, é desfalque certo e deixa aberta uma lacuna no sistema ofensivo. No meio, Maicon teve um problema na panturrilha direita após vitória contra o Palmeiras e é dúvida.
A escalação do time reserva no 0 a 0 contra o tricolor paulista indica a presença de Pepê entre os titulares na quarta. O jovem jogador começou no banco e jogou cerca de 30 minutos no segundo tempo, sendo, assim, a reposição mais provável para a partida. Mantém velocidade e drible pelos lados e atua aberto pelo canto esquerdo.
Outras alternativas seriam a entrada de Luciano, que joga pelo lado direito, ou até mesmo Diego Tardelli.
Correm por fora Thaciano – um dos destaques das últimas partidas da equipe alternativa, volante mais ofensivo, como Maicon – e Michel, mais marcador, mas que retorna de lesão recente.
Rômulo não poderá atuar contra o Flamengo pela Libertadores, aparecendo também como opção.
A provável escalação do tricolor gaúcho tem: Paulo Victor; Leonardo, Geromel, Kannemann e Cortez; Matheus Henrique, Rômulo, Alisson, Jean Pyerre e Pepê; André.
O jogo está marcado para 19h de quarta-feira, no Caldeirão Rubro-Negro. Após levar 2 a 0 em Porto Alegre, o Furacão precisa vencer por dois gols de diferença para levar para os pênaltis ou por pelo menos três gols para avançar direto. Lembrando que não há gol qualificado, não sendo, portanto, critério de desempate.
São esperados mais de 30 mil torcedores na Arena. Na busca por um final feliz, só há duas possibilidades: é matar ou morrer.