5 set 2019 - 15h12

Noite de todos os Santos!

Noite de 4 de setembro de 2019 na Baixada mais linda do mundo! Olhando para os lados, era nítido o brilho no olhar de cada atleticano. Parecia um alento. Quanto orgulho no peito e quanta esperança espalhada por todos os cantos. Não era um sonho. E também não era impossível. Não poderia ser.

Um toque de magia e pronto, estávamos realmente prontos. Time em campo e mais uma vez, a esperança renovada. Foco e concentração. Estava escrito: faríamos um belo jogo de futebol. E fizemos. Que monstros os atletas que lutaram, vibraram, suaram e não desistiram, nunca!

E veio a tarefa do lado de cá. A lição da torcida. Teríamos que carregar os jogadores no colo, lançar os meninos ao ataque, apoiar como nunca se viu, torcer como nunca se torceu, e cantar. Cantar o tempo todo. Cantar o jogo todo, mesmo que a garganta estivesse seca, angustiada, como se o próprio coração estivesse atravessado, pulsando no movimento dos lábios.

Tento voltar no tempo e buscar explicações para tudo o que aconteceu na noite de 4 de setembro de 2019, na Baixada mais charmosa do mundo. Não consigo ao certo entender, mas consigo ter uma imensa vontade de reviver, tudo outra vez.

Seria injusto citar um, dois ou três nomes, mas quando Ruben abraçou a bola e surrou a rede, veio a maior das convicções. Seria possível? Novamente o olhar para os lados e uma multidão, cansada, esgotada e apaixonada, sorria com os olhos e desejava, como nos sonhos, jogar a decisão da Copa do Brasil.

E aí, parecia que todos os Santos do gramado estavam embaixo da trave. Todos para segurar a última bola. Mas aí ele apareceu. Ah… sempre ele! Como um verdadeiro Santos, mergulhou para o lado esquerdo e com os dedos arrancou a bola e nos entregou, de “mãos beijadas”, a alegria da vitória.

Ah, Santos! Cara de olhar sereno, de poucas palavras, de uma humildade incrível. Foi perfeito mesmo antes do final dos 90 minutos, quando fez uma defesa espetacular, daquelas de nos prender a respiração por alguns segundos e nos dar coragem de fazer, um a um, os pênaltis que nos levariam para a grande final.

E quando Santos ajoelhou-se para agradecer aos céus, desabamos, um a um. Desabamos e enxugamos as lágrimas, cada qual ao seu estilo atleticano de ser. Foi daquelas noites mais sensacionais e emocionantes já vividas dentro de um estádio de futebol. Uma noite para ficar guardada lá dentro do coração de cada torcedor.
Foi mesmo, daquelas noites de todos os Santos.

Obrigado Khelven, Halter, Bambu e Azevedo. Obrigado Wellington, Bruno e Cittadini. Obrigado Nikão, Rony e Ruben. Obrigado Cirino, Lucho e Vitinho.

Muito obrigado, Santos!



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