18 set 2019 - 0h03

Aqui, o sangue é forte!

Time de guerra, chegou a hora da batalha final na Copa do Brasil!

E como os grandes guerreiros, nos preparamos para este momento com o combustível que faz jus à nossa história: o sangue forte que predestina todo atleticano a ter raça, superação e não se abalar diante dos obstáculos.

Não, não pode ser em vão calar um Maracanã com quase 70 mil pessoas com as defesas sensacionais de Santos nas penalidades cobradas por Diego e Everton Ribeiro. Não, não foi em vão frustrar todas as expectativas nacionais por um Gre-Nal e mostrar ao Brasil, de novo, quem é o Furacão!

Hoje é o último capítulo desta história. E como tão bem escreveu nossa colunista Ana Flávia Weidman, hoje é por todos nós, atleticanos! Hoje temos um único compromisso, seja no Beira-Rio, em Curitiba, ou em qualquer canto do Paraná, do Brasil e do mundo: enviar o nosso pensamento positivo, o nosso grito de apoio para o nosso time de guerra!

Separamos cinco histórias de atleticanos como você, que hoje darão o seu melhor pelo nosso Furacão! A contrapartida? Que em campo nossos guerreiros joguem por nós e lutem por mais esta taça! Vamos, Rubro-Negro, com garra e com raça!

Clara, a decisão e o primeiro jogo do Athletico fora de Curitiba

A pequena Clara Paiva Justen, de 8 anos, é daquelas atleticanas que você se orgulha de conhecer. Apesar da pouca idade, sabe o hino, as músicas da torcida, nome dos jogadores… e sempre mostra aquele brilho no olhar quando o assunto é o Furacão.

Pequena e apaixonada atleticana. Foto: arquivo pessoal

Esta noite, ela estará com o pai no Beira-Rio, no primeiro jogo do Athletico que nossa pequena torcedora acompanhará fora de Curitiba. Com otimismo – e uma boa dose se emoção – ela arrisca o palpite para o jogo: 1 a 1, gol do Marco Ruben ou do Lucho. E olha o recado da Clara para nossos jogadores: “O Inter é um time bom e, na casa dele, é bem bom! Então peço para vocês se concentrarem e tentarem marcar gols, tá bom!?”.

D. Dagmar e a estrela do Tiago Nunes

E o que falar de uma atleticana de 77 anos, que marca presença sempre nos jogos na Arena? Dona Dagmar Giacomossi não conseguiu ingresso para o jogo no Beira-Rio, mas estará na torcida – mesmo que à distância – pelo Rubro-Negro, prevendo uma quarta-feira de ansiedade e expectativa. “O dia será tenso e farei tudo pensando no jogo. Venceremos com certeza!!!! 1 a 0 para nós, gol do Rony, com passe do Bruno Guimarães”, diz confidenciando um outro amuleto da sorte: “Confio demais na estrela do Tiago Nunes, que deve vestir a camisa vinho! Confio nos jovens e experientes jogadores do Athletico. Mentalizem a vitória!”, dá a dica!

D. Dagmar e a torcida pelo título. Foto: arquivo pessoal

Tito e os desafios de encarar mais de 740 km para ver o Furacão

Foi quase na hora do embarque dos três ônibus que levarão um grupo de atleticanos a Porto Alegre, que conseguimos falar com o Wellington Carvalho, mais conhecido como Tito, de 34 anos, que vai ao jogo acompanhado dos pais, Israel e Vera, e um grupo de amigos. Como quem tem no currículo vários jogos do Athletico fora de casa – o mais recente, contra o Boca, na fase de grupos da Libertadores – ele carrega na bagagem a camisa ganhadeira, o grito na garganta e uma esperança: “Que o time mantenha o padrão dos jogos contra a dupla Gre-Nal na Arena da Baixada, pois isso é meio caminho para o sucesso!”

Torcida rumo a Porto Alegre. Foto: arquivo pessoal

Aos jogadores, a mensagem é curta e direta: “Esse grupo já está fazendo história com a nossa camisa e são campeões por natureza. E, parafraseando o Lucho, “final não se joga, se ganha!”. Confio plenamente neles para mais essa conquista gigante!”

Família Feldthaus e as vibrações positivas, direto de Curitiba

Quem estará no Beira-Rio tem um desafio a mais: representar todos os demais atleticanos que estarão com os olhos grudados na TV, com uma torcida via satélite, enviando toda força e pensamento positivo para o Furacão. É o caso da família Feldthaus, que ficará em Curitiba, mas com a concentração logo no começo da tarde para o jogo decisivo, com Walter, 43 anos, Leoni, 66, Benedito, 72, e os jovens Matheus, 17, e Henrique, 12.

Família que torce unida. Foto: arquivo pessoal

“Passaremos uma tarde tensa, ansiosa”, prevê Walter. “Espero um Athletico jogando com paciência, pressionado. Com pouco espaço e oportunidade.”

Walter e os filhos: esta noite a torcida é pela TV. Foto: arquivo pessoal

A mensagem aos atletas não poderia ser mais agregadora: “Aos jogadores, o que digo é que já estão na história. Santos, de contestado a herói. Kelvhen, última opção da posição a titular. Léo, a cara da nossa torcida, um torcedor salvando gols. Bambu, velocidade e tranquilidade de veterano. Azevedo, o lateral das grandes partidas, alimentando Rony. Wellington, herdou a braçadeira ao natural, um líder, campeão. Citadini, flutuante para abrir espaços para o maestro Bruno, esse é o cara que rasga a defesa, encontra a melhor opção, desmancha a marcação adversária. Nikão, protegendo, invertendo, cadência do e acelerando o jogo na hora certa. Rony, incendiando e enlouquecendo a zaga adversária. Ruben, o cara de um toque só na bola, Segurando a zaga toda do adversário, fazendo a parede. E o predestinado, Cirino, nosso contestado 10 que fará valer a lei do ex. TIAGO, O PAI DESSES MENINOS JUNTO COM LUCHO. AS PALAVRAS CERTAS, NA HORA CERTA!!!”

Em Buenos Aires, mas sempre junto com o Furacão!

O atleticano Victor Hugo Ferraz Meger, de 27 anos, sabe bem o que é torcer de longe pelo time do coração. Morador de Buenos Aires, na Argentina, ele sempre acompanha o time com a esposa e alguns amigos – argentinos e brasileiros, contanto com orgulho o quanto o Athletico é reconhecido e respeitado no país vizinho.

“Foi bom demais estar representando o nosso time [nos jogos contra Boca e River este ano] e mostrar pros meus colegas argentinos que temos sim que ser respeitados e temidos. Hoje todos no meu trabalho conhecem o Athletico e estão na torcida por nós nessa final, para quem sabe, nos encontrarmos ano que vem na Libertadores, e dessa vez com vitória em território portenho”, aposta.

Sobre o jogo de logo mais, ele espera nada menos que emoção! “Tenho certeza que vai ser mais um jogo extremamente tenso e nervoso, mas tenho fé no nosso time porque já estamos acostumados a jogos assim. Os nossos jogos contra os argentinos mostraram que temos capacidade de segurar bem a pressão”, diz.

Clara, D. Dagmar, Tito, Walter, Victor…. atleticanos tão diferentes, mas em comum um único objetivo esta noite: GRITAR CAMPEÃO!

Boa sorte, Athletico!



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