18 set 2019 - 2h26

Qual a sua jogadeira?

Pergunta difícil essa. Na verdade, até com requintes de crueldade. Como perguntar a um torcedor qual é a sua jogadeira? São muitas camisetas, diversos momentos. Anos distintos, situações inesperadas.

Apesar de genérica e cabível para qualquer torcida. Qual é a sua “jogadeira”, torcedor atleticano?

Não necessariamente vai ser a mais bonita. Ou a que marcou um título importante.

Eu, sinceramente, tenho sérias dificuldades para escolher uma.

Quando penso em “jogadeira” tenho em mente algo muito definido: listras verticais, preto com vermelho.

Até alguns anos atrás, minha lembrança imediata com o termo “jogadeira” era a camiseta principal do título de 2001. Por sinal, uma camiseta que ainda anseio adicionar a minha coleção.

Acredito que por ter sido, até os últimos anos, a nossa maior conquista, esta era uma das minhas camisetas favoritas. Não deixou de ser, nunca será. Mas deixou de ser o “highlight” da nossa história.

Hoje o título de 2001 briga “de braçada” com outros momentos do nosso clube.

Mas não só de títulos vive uma “jogadeira”.

O futebol não se vive só dentro de quatro linhas.

Os momentos extracampo se vivem quase que diariamente.

E, particularmente, a minha coleção é marcada muito mais pelo extracampo do que dentro dele. Apesar de pequena, me orgulho das camisetas que tenho, e cada uma teve seu momento especial.

Minha coleção tem boas histórias, e ruins também.

Tenho camisetas do ano do rebaixamento, do vice da copa do brasil. Da nossa primeira libertadores, do título da sula.

Apesar do que vivemos com o clube em cada ano, também existe toda uma história por de trás de cada camiseta. Cada uma tem um momento especial na nossa vida, e eu vou compartilhar com vocês a minha favorita.

Camiseta nº 1 – 2009

Minha jogadeira favorita. Não à toa, foi a minha primeira camiseta oficial. Meu pai recebeu um dinheiro de um negócio e estávamos comemorando, passou um lance do Atlético (ainda sem H) na TV e ele me disse “vamos comprar essa camiseta”? Meus olhos saltaram. Fomos direto para “Arena Store”, se me lembro bem era assim que chamava na época, e sai de peito estufado com a camiseta nova.

Foi um ano marcante, tanto no futebol como no pessoal. Pessoalmente foi osso, meus pais se separaram e o jogo do Athletico era um dos poucos momentos na semana que eu tinha certeza que ia ver o meu velho.

Futebolisticamente, foi emocionante. Ganhamos o paranaense depois de uma longa seca, e no fim do ano ainda nos salvamos do rebaixamento com uma sequência de vitórias surreal na reta final do brasileiro sob o comando do lendário Geninho.

Essa é a história da minha jogadeira.

E amanhã eu vou fardado com ela para torcer pelo nosso Athletico em mais uma decisão.

Se tem um dia de jogadeira, esse dia é hoje!

Nos mande a sua favorita. Se é da sorte, se marcou um momento da sua vida, ou se é tão azarada quanto aquela camiseta dourada da tryon.

Qual é a sua jogadeira?

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