Qual a sua jogadeira?
Pergunta difícil essa. Na verdade, até com requintes de crueldade. Como perguntar a um torcedor qual é a sua jogadeira? São muitas camisetas, diversos momentos. Anos distintos, situações inesperadas.
Apesar de genérica e cabível para qualquer torcida. Qual é a sua “jogadeira”, torcedor atleticano?
Não necessariamente vai ser a mais bonita. Ou a que marcou um título importante.
Eu, sinceramente, tenho sérias dificuldades para escolher uma.
Quando penso em “jogadeira” tenho em mente algo muito definido: listras verticais, preto com vermelho.
Até alguns anos atrás, minha lembrança imediata com o termo “jogadeira” era a camiseta principal do título de 2001. Por sinal, uma camiseta que ainda anseio adicionar a minha coleção.
Acredito que por ter sido, até os últimos anos, a nossa maior conquista, esta era uma das minhas camisetas favoritas. Não deixou de ser, nunca será. Mas deixou de ser o “highlight” da nossa história.
Hoje o título de 2001 briga “de braçada” com outros momentos do nosso clube.
Mas não só de títulos vive uma “jogadeira”.
O futebol não se vive só dentro de quatro linhas.
Os momentos extracampo se vivem quase que diariamente.
E, particularmente, a minha coleção é marcada muito mais pelo extracampo do que dentro dele. Apesar de pequena, me orgulho das camisetas que tenho, e cada uma teve seu momento especial.
Minha coleção tem boas histórias, e ruins também.
Tenho camisetas do ano do rebaixamento, do vice da copa do brasil. Da nossa primeira libertadores, do título da sula.
Apesar do que vivemos com o clube em cada ano, também existe toda uma história por de trás de cada camiseta. Cada uma tem um momento especial na nossa vida, e eu vou compartilhar com vocês a minha favorita.
Camiseta nº 1 – 2009
Minha jogadeira favorita. Não à toa, foi a minha primeira camiseta oficial. Meu pai recebeu um dinheiro de um negócio e estávamos comemorando, passou um lance do Atlético (ainda sem H) na TV e ele me disse “vamos comprar essa camiseta”? Meus olhos saltaram. Fomos direto para “Arena Store”, se me lembro bem era assim que chamava na época, e sai de peito estufado com a camiseta nova.
Foi um ano marcante, tanto no futebol como no pessoal. Pessoalmente foi osso, meus pais se separaram e o jogo do Athletico era um dos poucos momentos na semana que eu tinha certeza que ia ver o meu velho.
Futebolisticamente, foi emocionante. Ganhamos o paranaense depois de uma longa seca, e no fim do ano ainda nos salvamos do rebaixamento com uma sequência de vitórias surreal na reta final do brasileiro sob o comando do lendário Geninho.
Essa é a história da minha jogadeira.
E amanhã eu vou fardado com ela para torcer pelo nosso Athletico em mais uma decisão.
Se tem um dia de jogadeira, esse dia é hoje!
Nos mande a sua favorita. Se é da sorte, se marcou um momento da sua vida, ou se é tão azarada quanto aquela camiseta dourada da tryon.
Qual é a sua jogadeira?