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19 set 2019 - 18h38

Redenção e a conquista da Copa do Brasil em 2019

O ano era 2012. O Athletico Paranaense estava afastado da Arena da Baixada que se encontrava em obras para a Copa do Mundo de 2014 do Brasil. Além disso sofríamos fora do nosso habitat natural na série B do Campeonato Brasileiro, oportunidade onde eu, minha noiva Yasmin Nascimento e meu cunhado Lucas Nascimento, íamos até o Gigante do Itiberê, em Paranaguá, onde residimos, apoiar o Furacão que não engrenava mesmo contra times de menor expressão. Arquibancadas com público baixo, mas mesmo assim a torcida insistia em acreditar e descia a Serra do Mar de Curitiba para apoiar o clube que na época tinha Paulo Baier como salvador. Naquela época eu lembro de me perguntar: é esse o time que há pouco tempo atrás foi campeão brasileiro e finalista da Libertadores? Sim, era, e caindo no clichê, o que não mata fortalece, e os anos de 2018 e 2019 vieram para provar a redenção e a ascensão do Athletico como time de grande expressão no Brasil e América Latina.

Estamos vivendo uma época de glórias que contaremos aos nossos filhos e netos athleticanos. A superioridade do Athletico na final da Copa do Brasil 2019 diante do grande Internacional nos jogos na Arena da Baixada e no Beira Rio, com personalidade, qualidade e raça, demonstram que mais do que recordações inesquecíveis, o momento atual do Rubro Negro nos reserva ainda mais glórias em um futuro próximo. Nos dribles “pornográficos” de Marcelo Cirino diante de três colorados e no gol da vitória em solo gaúcho por Rony se pintou um quadro, uma obra de arte, um registro de que o futebol estadual de fato possui dono e que o Athletico, mesmo sendo fora do eixo Rio-São Paulo, com folhas de pagamento menores que os “grandes” da mídia e com todas as adversidades possíveis, demonstrou que o futebol é mais do que um esporte, é um amor e um cenário para retratar todas as emoções e superações humanas.

Ficamos mal acostumados meu Furacão. 2018 nos reservou o título da Sul-americana, seguimos campeões paranaenses com time de aspirantes contra os elencos titulares dos rivais, tivemos derrotas em 2019 que nos amadureceram diante dos gigantes argentinos River Plate e Boca Juniors (que inclusive já vencemos, um deles por 3 a 0), título internacional da Copa Suruga e, agora, no dia 18 de setembro de 2019, o título inédito e incontestável da Copa do Brasil. Tudo isso é fruto da humildade deste elenco, que trata cada jogo como uma batalha e que nas derrotas tira o aprendizado necessário para que resultados positivos sejam obtidos.

Não, não foi por acaso. Não foi por acaso que calamos o Flamengo no Maracanã. Não foi por acaso que eliminamos o Grêmio na Baixada quando isso parecia impossível. Não foi por acaso o lindo gol de Bruno Guimarães contra o Internacional em Curitiba. Não foi por acaso os gols de Cittadini e Rony/Marcelo na final em Porto Alegre e o título nacional. Tudo isso foi fruto da ousadia da diretoria do Athletico Paranaense, da liderança inquestionável do técnico Thiago Nunes, do comando técnico ímpar e dos nossos jogadores, que de fato honram e amam a camisa Rubro Negra.

A você Athletico Paranaense o meu amor e respeito. A redenção já aconteceu e eu a presenciei nos últimos anos. Nada pode nos parar.



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