22 set 2019 - 19h05

Tiago Nunes sinaliza permanência: “Está tudo muito bem encaminhado”

Tiago Nunes concedeu entrevista coletiva após o empate do Athletico por 1 a 1 contra o Vasco da Gama neste domingo no Estádio de São Januário, pelo Campeonato Brasileiro 2019.

Confira as principais declarações do técnico atleticano:

PREPARAÇÃO PARA O JOGO

“A gente não treinou nada. Comemorou, fez um recreativo de 30 minutos, e por esse contexto fez um bom jogo. O resultado não era o ideal, mas pelas condições foi um ponto importante conquistado aqui no Rio de Janeiro.”

META PARA O BRASILEIRÃO

“O foco principal é que a gente possa fazer a pontuação necessária para não correr nenhum risco de rebaixamento, numa média de 50 pontos. E a partir daí tentar buscar um G6. Não estou pensando em poupar jogadores ou escolher para um planejamento futuro. É escolher no jogo a jogo. Prometi a eles de manter o critério de quem estiver melhor, quem se esforçar mais para jogar.”

“Além das questões das classificações, temos uma representatividade que adquirimos pela conquista na Copa do Brasil. E quanto melhor a classificação, melhor a recompensa financeira. Já que conseguimos o objetivo, o negócio é jogar de maneira solta, de maneira leve, sem o peso de errar.”

FORMAÇÃO DA EQUIPE

“A gente vai avaliar jogo a jogo. Os jogadores que tiverem condições físicas e emocionais vão jogar. A gente tem controles bem aprimorados. Alguns atletas conseguem manter performance por três, quatro jogos. Vamos avaliar jogo a jogo, sem preocupação de fazer rodízio.”

OPINIÃO DE LUXEMBURGO SOBRE ATHLETICO SER A EQUIPE BRASILEIRA MAIS ARGENTINA

“Sobre a questão do Professor Luxemburgo, eu gostaria primeiro de dizer que sou um fãzaço dele. Para mim, ele, junto com o Felipão, Abel, Muricy, esses caras fizeram o futebol brasileiro mudar de patamar. Eu tenho uma admiração e um respeito gigantesco por ele. Então, comparar com outras escolas é um pouco complicado, porque são contextos diferentes que a gente vive. Eu ainda acho que a gente é pouco competitivo, comparado com o futebol do River Plate, do Boca Juniors. A questão de ganhar tempo passou muito mais pelo controle da arbitragem do que pela gente. A arbitragem parou o jogo bastante, com algumas faltas, teve as avaliações do VAR, que foram um pouquinho demoradas e polêmicas. O jogo ficou um pouquinho quebrado, mas essa questão de escola, de ter uma característica particular, não consigo enxergar dessa maneira. Vejo nossa equipe como uma equipe que está aprendendo a competir, aprendendo a ser uma equipe mais madura. Mostrou isso nas finais da Copa do Brasil, e a gente não faz nada fora da lei do jogo. A gente respeita a lei do jogo, faz de maneira honesta e os mediadores dos jogos, que são os árbitros, que têm de tomar as medidas cabíveis para qualquer tipo de situação que acredita-se que seja antijogo”.

RENOVAÇÃO DO CONTRATO

“Não sei se o presidente vai requerer renovar comigo. Eu tenho contrato até dezembro, mas as coisas caminham para um desfecho tranquilo. Espero ter essa continuidade, a menos que aconteça algo no meio do caminho. Mas está tudo muito bem encaminhado”

MOTIVAÇÃO DO GRUPO

“Quanto à motivação, as coisas caminham bem. Os atletas saíram muito indignados pelo contexto que a gente viu. A gente fichou um pouco chateado porque acredita o lance foi mal interpretado. E se esse foi o critério, deveria ter dado pênalti num lance do cruzamento do Madson que bateu no Danilo Barcelos com o braço ainda mais aberto. Eu não tenho que fazer muito esforço, os caras querem competir. A gente carrega hoje uma representatividade de uma equipe campeã da Copa do Brasil.”

ADEQUAÇÃO DO CALENDÁRIO BRASILEIRO

“Concordo com o Cuca nesse aspecto. Participei do congresso dos treinadores da Libertadores da AMérica em Assunción e comentei que o Brasil é o único país da América Latina que tem um calendário diferente. Os demais países mantêm um calendário semelhante ao da Europa. O ideal seria que nós tivéssemos a mesma rotina. Nós deveríamos ter a condição de parar nas datas FIFA, porque hoje as pessoas passam a não querer ceder jogador para a Seleção Brasileira, e isso é muito ruim. Quando você tem essa competitividade de datas você fica frustrado. Perderemos em dois jogos de uma grandeza gigantesca, contra Corinthians e Flamengo.”

CHANCE AOS ATLETAS

“Eu procuro sempre cumprir o que eu falo pelos atletas no início da temporada. A fotografia da equipe que inicia é bem diferente daquela que termina a temporada. Os treinadores brasileiros são uns dos mais capacitados do mundo, porque o nível de criatividade que temos de ter é enorme. São dúvidas boas, mas que eleva o nível de competitividade dos jogadores. Eu tento dar oportunidade a todos, e quem vai indo bem, tendo boa performance, eu vou mantendo”.



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