A Copa do Brasil e as crianças
Copa do Brasil: enfim ganhamos a tão cobiçada taça, a taça do dinheiro.
Eu, um atleticano desconhecido, sócio, apaixonado, fanático, não doente, porque atleticanismo não é doença, é dom, para mim o dinheiro que o clube faturou não mudará absolutamente nada na minha vida mas a conquista sim, essa me fez ver que tudo que eu gritei, tudo que eu sofri, tudo que eu apoiei neste 2019 culminou numa conquista que em 2039 será contada em detalhes pelas crianças que semana passada eu vi acompanhando seus pais e mães a Porto Alegre.
Pensem, nas histórias que elas contarão aos seus colegas de trabalho daqui 20 anos, quando já tiverem suas vidas encaminhadas.
Pensem na gratidão que terão para com seus pais, que permitiram que eles vivessem o Athletico desde os primeiros passos.
Eu penso nisso, porque eu lembro como eu me tornei atleticano aos 8 anos de idade.
O Athletico marcou a vida de muitas crianças nestes 2 anos da geração Tiago Nunes.
Lembro da RPC (Globo PR) filmando uma escola com a bandeira rubro-negra em véspera de final e na hora pensei: Qual o impacto daquilo nas gerações futuras? Naquela escola mesmo ou nas crianças que viram aquilo pela TV? Fica fácil prever anos de domínio e distanciamento do Athletico dos demais clubes do estado.
Mas quando chegar este 2039, eu lembrarei que fiz parte de tudo isso, mesmo sendo um anônimo ali na GV Inferior, que criticava o Cirino quando era titular e ficava puto com o Lucho no banco.
O famigerado ano do futebol chegou e ele veio para ficar, é natural isso. Mas agora, fico ansioso pelo domínio “avassalador” (entendedores entenderão a referência) da nossa torcida no estado que será ainda maior do que já é.
Hoje já somos a maior do estado, mas neste ritmo de conquistas, em alguns anos, seremos os únicos dos estado, não será mais uma questão de maior ou menor, mais ou menos, não haverá com quem comparar.
Neste tempo, sentirei orgulho maior por fazer da geração que influenciou o futuro das crianças para o futebol e para o Athletico.
Como é bom fazer parte disso tudo, como é bom viver isso tudo ao vivo, como é bom ser atleticano.
E se Deus permitir, eu ainda estarei lá feliz, na GV Inferior 118.