19 fev 2020 - 10h27

Penãrol: o primeiro desafio do Athletico na Libertadores 2020

O Club Atlético Peñarol foi fundado em 28 de setembro de 1891.

É o maior campeão do Campeonato Uruguaio, somando 52 títulos – o que o faz o segundo clube com mais títulos nacionais, atrás apenas do Rangers (Escócia). É também um dos times mais tradicionais e vitoriosos da América do Sul: foram 5 conquistas da Copa Libertadores da América (1960, 1961, 1966, 1982 e 1987). Destaque mundial, conquistou 3 títulos da Copa Intercontinental.

Coincidentemente ao ocorrido com o Furacão, o ano de 1949 também é emblemático para os torcedores carboneros:  o clube formou um de seus mais famosos times de todos os tempos. A equipe, tão forte, formaria a base do conjunto uruguaio que arrebataria a Copa Jules Rimet em 1950, diante de um Maracanã com 200 mil pessoas – o fatídico “Maracanaço”.

Em 2009, a Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol divulgou os resultados de um estudo que determinou os melhores clubes sul-americanos no século XX. O Peñarol foi o vencedor.

Foram cinco troféus levantados em dez finais da Libertadores. Saiu de campo derrotado nas edições de 1962 (perdeu a final para o Santos de Pelé e Coutinho), 1965, 1970, 1983 (contra o Grêmio) e 2011 (derrotado novamente pelo Santos, que contava com Neymar).

O objetivo de chegar a mais títulos da Libertadores esbarrou nas semifinais em dez ocasiões, a maior parte entre as décadas de 1960 e 1970, o auge do time uruguaio no cenário sul-americano e mundial: 1963, 1967, 1968, 1969, 1972, 1974, 1976, 1979, 1981 e 1985.

O Peñarol não passou das quartas de final da Libertadores em 1988, 1997, 1998 e 2002. Em outras quatro ocasiões, parou nas oitavas (1989, 1995, 1996 e 2000). Nas demais participações, os uruguaios sucumbiram na fase de grupos.

Rubro-Negro X Auri-Negro

Athletico e Peñarol jogarão pela quarta vez na história. Apesar disso, o duelo já é marcado por brigas generalizadas e partidas quentes.

Após uma partida pela Copa Atlântico Sul em 1973, um amistoso em 2017 e os dois jogos válidos pela segunda fase da Copa Sul-Americana em 2018, os clubes se enfrentarão pela primeira vez na Copa Libertadores.

Em 2017, os times estavam em preparação para a disputa da Libertadores daquele ano e duelaram num amistoso (nada amistoso) na Baixada. O empate sem gols ficou marcado por entradas duras e uma confusão generalizada – os quase 30 mil torcedores assistiram a um jogo com três expulsões e nove cartões amarelos.

No ano seguinte, em 2018, na partida de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana, jogando em seus domínios, o Athletico mostrou raça para bater o rival por 2 a 0, atuando por algum tempo com um a menos e após perder um pênalti no ínicio do jogo. Os gols de Cirino e Pablo deram boa vantagem para aquele que seria o futuro campeão sulamericano.

No jogo de volta, a mística do futebol uruguaio foi sendo destruída aos poucos na goleada de 4 a 1 do Furacão sobre o Peñarol no estádio Campéon del Siglo, em Montevidéu. Léo Pereira, Marcinho, Nikão e Bruno Guimarães classificaram o Furacão com um placar agregado de 6 a 1.

Libertadores 2020

Athletico e Peñarol enfrentam-se nos dias 03 de março (21h30) e 05 de maio (21h30) em partidas válidas pela primeira e última (sexta) rodada, respectivamente, da fase de grupos. O primeiro encontro será na Arena da Baixada e o segundo em Montevidéu.

Primeiro campeão da história do torneio, o Peñarol, sob o camando em 2020 do técnico Diego Forlán, é o recordista em aparições (ao lado do rival Nacional). Os uruguaios disputarão, neste ano, a competição pela 47ª vez.

O Furacão participa pela 7ª vez do torneio continental mais importante da América.

Além do Peñarol, o Furacão enfrentará Colo-Colo (Chile) e Jorge Wilstermann (Bolívia).



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