16 jun 2020 - 21h27

De novo a dupla Fla x Flu

Há jogos que mesmo não sendo decisivos acabam sendo marcantes. Lógico que uma final, uma partida que valha vaga para uma fase aguda de uma competição mata-mata geralmente deixam marcas mais visíveis, mas existem também partidas que guardam emoção até o último instante e por isso se tornam tão cristalinas na memória do apaixonado torcedor atleticano.

Em mais uma parte desta pequena homenagem ao Estádio do Maracanã, lembramos partidas épicas do Furacão diante da dupla Fla-Flu.

CAPÍTULO 4 – Liderança e o sonho do bi

No ano de 2004 o Furacão assombrou o Brasil. Com uma equipe rápida e que mesclava a experiência de jogadores como Washington, Fabiano e Marcão com a juventude de Dagoberto, Jadson e Fernandinho, o rubro-negro fez uma linda campanha e quase chegou ao sonhado bicampeonato brasileiro, terminando a competição em segundo lugar.

Em 7 de novembro, o Atlético ia a campo no Maracanã para enfrentar a equipe do Fluminense pela 40ª rodada do Brasileirão. Apesar de estar no meio da tabela, a equipe carioca possuía em seu elenco grandes jogadores como Leo Moura, Junior Cesar, Diego Souza, Arouca, Roger, Ramon e Edmundo. Além destes, compunham o elenco o lateral direito Jancarlos – que no ano seguinte seria vice-campeão da Libertadores pelo Atlético – e Antonio Carlos, que também vestiria a camisa rubro-negra futuramente.

A partida teve um primeiro tempo nervoso, repleto de faltas e sem grandes chances para as duas equipes. No segundo tempo, porém, não demorou para que os donos da casa abrissem o placar. Aos 6 minutos, o zagueiro Antonio Carlos aproveitou a bobeira da zaga atleticana num escanteio e empurrou a bola para o fundo das redes.

O resultado frustrava as chances do Atlético chegar à liderança do campeonato e o Furacão foi pra cima para tentar reverter o placar. Após boa jogada de Denis Marques e Raulen, o atacante atleticano cruzou rasteiro na medida para o artilheiro Washington marcar seu 29º gol na competição. Ele seria o artilheiro naquele ano com 34 gols marcados, se tornando o maior artilheiro de toda a história do Brasileirão.

Denis deu o passe para Washington empatar

Mas o melhor estava guardado para o final. Aos 25 minutos, o zagueiro Odvan – que voltava de suspensão neste jogo – fez falta violenta em Fernandinho e foi expulso. A partir daí o Atlético se tornou dono da partida e criou várias chances, mas foi apenas aos 47 minutos que a virada saiu. Após passe de Pingo, Washington girou em cima da marcação e encobriu o goleiro Kléber. Fernandinho ainda tocou na bola antes dela cruzar a linha, marcando o gol da vitória rubro-negra.

Na mesma rodada o Santos – sem Robinho, cuja mãe havia sido sequestrada – empatava com o Criciúma no Heriberto Hülse e assim abria o caminho para que o Furacão assumisse a liderança do campeonato e, àquela altura, visse mais próximo o sonho da segunda estrela dourada.

A estrela não foi conquistada, mas o time até hoje é lembrado com carinho pelos torcedores rubro-negros e reconhecido como uma das equipes mais brilhantes do Furacão em todos os tempos, graças a jogos como este no Maracanã.

CAPÍTULO 5 – Cheirinho de Furacão

Era o início da “era Jorge Jesus” no Flamengo. Depois de um empate recheado de polêmicas na Arena da Baixada, o Furacão foi ao Rio de Janeiro em busca da classificação.

Com o resultado de 1 a 1 no primeiro duelo, qualquer vitória simples garantia a classificação, ou um empate nos levaria aos pênaltis.

E diferente do que se viu em Curitiba, um jogo muito mais parecido com o que o torcedor atleticano está acostumado quando jogamos distantes de nossos domínios.

Um time mais fechado e que apostava no contra-ataque. E sofrido, como sempre é, foi.

Resistimos a pressão no primeiro tempo e levamos o 0 a 0 para o vestiário. O nome da partida até o momento era do goleiro Santos, mas ele não havia mostrado nem a metade do seu repertório. Ainda.

Voltamos para a segunda etapa e o Flamengo abre o placar aos 16 minutos.

O Athletico não se entrega. Segue com a mesma postura e com um contra-ataque de almanaque empata o jogo aos 31 minutos. Passe açucarado de Bruno Nazário para Rony, que deixa tudo igual no placar.

Quem sentiu o gol foi o Flamengo, e o Maracanã lotado.

Nos pênaltis, brilha mais uma vez a estrela de Santos, que defende duas cobranças.

Bruno Guimarães fecharia as cobranças e selaria a classificação, deixando apenas o cheirinho de Copa do Brasil no Maraca lotado.



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