16 jun 2020 - 18h48

Setenta anos de Maracanã

Palco das finais das Copas do Mundo de 1950 e 2014, da final olímpica que trouxe a inédita medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Rio 2016, conhecido até hoje como “Maior do Mundo” o Estádio Mário Filho, mais conhecido como Maracanã completa 70 anos envolto em histórias de vitória, glória, dor, choro e emoção.

Da incrível e gigantesca cobertura sem hastes passando pela democracia dos “geraldinos” e “arquebaldos”, das incríveis cenas das décadas de 80 e 90 com milhares de torcedores descendo dos trens para lotar seu espaço, o mais tradicional estádio brasileiro chega ao septuagésimo aniversário, tendo o Furacão algumas passagens marcantes. Nem sempre com êxito, mas tendo nos últimos anos não só vitórias expressivas como atuações de gala.

A Furacao.com lembra a partir de agora algumas passagens interessantes e curiosas do Athletico, a maioria no tempo ainda de Atlético para homenagear o estádio do Maracanã pelo seu aniversário.

 

CAPÍTULO 1 – A CAMINHO DA GLÓRIA

Ao final do dia 28 de novembro de 2018, o Furacão estava de volta a uma final continental após 12 anos.

O Rubro-Negro já havia vencido o tricolor carioca na partida de ida, por 2 a 0, na Arena da Baixada (gols de Renan Lody e Roni).

Jogo da volta com 37.208 presentes. Não faltou apoio, mas faltou futebol ao Fluminense. A torcida adversária comprou a briga, foi ao Maraca e apoiou o time até onde deu. Mas não foi páreo para o bem treinado Atlético.

Logo aos quatro minutos de jogo, Ayrton Lucas errou a saída de bola e Cirino cruzou. A defesa não cortou e Nikão encheu o pé para vencer Júlio César e abrir o placar. Os torcedores anfitriões ficaram calados e o que se ouvia era o coro da torcida visitante.

Nikão frustrava sonho carioca logo no começo do jogo. Foto: FURACAO.COM/Joka Madruga

Entendendo o momento do jogo, o Atlético passou a congestionar o meio-de-campo e forçar os erros do Fluminense. Enquanto isso, os tricolores, nervosos em campo, tentavam cavar faltas e pênaltis, mas não iludiam o árbitro chileno Julio Bascuñan. O técnico adversário, Marcelo Oliveira, abriu mão do esquema tático com três zagueiros com menos de 30 minutos do primeiro tempo.

O que poderia piorar a situação do Fluminense, o segundo gol do Furacão, aconteceu aos nove minutos da segunda etapa em um contra-ataque mortal. Nikão avançou com a bola dominada e acionou Marcelo Cirino que, na área, cruzou para o craque Bruno Guimarães, como elemento-surpresa, escorar para o fundo da rede.

A partir daí o que se viu foram focos de tumulto na arquibancada e vaias. Em campo, o Furacão administrava a larga vantagem e o Fluminense buscava o gol de forma desorganizada, como em chutes de fora da área.

Nos minutos finais, o presidente Pedro Abad precisou deixar um dos camarotes por estar sendo hostilizado por torcedores. Melhor para ele, que não viu o Furacão tocar a bola sem ser incomodado e administrar a vantagem até o apito final.

Atlético: Santos; Jonathan, Léo Pereira, Thiago Heleno e Renan Lodi; Bruno Guimarães, Lucho González (Wellington) e Raphael Veiga (Marcinho); Marcelo Cirino (Rony), Nikão e Pablo. Técnico: Tiago Nunes.

O Furacão sagrou-se campeão da Copa Sul-Americana depois de derrotar o Junior Barranquilla na final.



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