Lucho González: supercampeão, El Comandante torna-se o segundo jogador argentino com mais títulos na história do futebol
Luis Óscar González. Nome que não é unanimidade entre torcedores do Athletico, mas que incontestavelmente fez/tem uma carreira brilhante, vitoriosa e multicampeã: ergueu taça em todos os clubes em que jogou.
Aos 39 anos, Lucho conquistou seu 29º troféu da carreira, após título do Campeonato Paranaense sobre o maior rival, ultrapassando Carlitos Tévez.
O camisa 3 do Furacão fica, agora, atrás apenas de Lionel Messi.
Em sua carreira, El Comandante rubro-negro soma mais títulos que importantes e icônicos nomes do futebol argentino como Di María, Mascherano, Cambiasso e Di Stefano.
Faz jus ao seu próprio lema “final não se joga, se ganha”. Sua famigerada frase – a qual faz muito sentido, sobretudo pela sua própria carreira e história futebolística – ecoará por muito tempo no pensamento dos torcedores.
Carreira vitoriosa
O meio-campista iniciou sua carreira no Huracán, clube no qual começou a jogar aos 14 anos, tendo conquistado seu primeiro título na temporada 1999-2000 (segunda divisão argentina).
Em 2002, o jogador transferiu-se ao River Plate, onde venceu o Torneio Clausura por duas vezes e, posteriormente, a Copa Libertadores – em 2015 – quando retornou ao clube Millonario. Também foi campeão da Copa Suruga Bank (atual Levain Cup).
Lucho chegou ao Porto em 2005. Na temporada 2011-2012 teve sua segunda passagem pelo time português. Foi protagonista durante anos de um clube campeoníssimo, conquistando onze títulos ao todo.
Em 2009, o francês Olympique de Marseille adquiriu o argentino. Logo na sua primeira temporada, foi o jogador com mais assistências do país, sendo um dos principais responsáveis pelos seis títulos nacionais dos quais participou.
Em 2014, foi oficializado como jogador do Al-Rayyan, do Qatar, onde venceu a segunda divisão do campeonato.
Seleção Argentina
Lucho vestiu a camisa Albiceleste em 44 oportunidades.
Sua estreia foi em 2004 – destaque atuando no River Plate, foi convocado para participar dos Jogos Olímpicos, competição em que ganhou a medalha de ouro.
Em 2005, participou da Copa das Confederações e no ano seguinte a Seleção se classificou para a Copa do Mundo. Mas Lucho lesionou-se durante o torneio – recuperou-se e jogou as quartas-de-final contra a Alemanha (derrota nos pênaltis).
Conquistou o Pré-Olímpico Sul-Americano Sub-23 (2004) e participou, também, da Copa América em 2007.
Athletico Paranaense
No dia 16 de setembro de 2016, Lucho foi oficializado como jogador do atual tricampeão Paranaense.
Chegou sob a alcunha de “animal competitivo” – termo utilizado pelo técnico rubro-negro na época, Paulo Autuori.
Em 2017, fez o gol da classificação para a fase de grupos da Copa Libertadores, na vitória rubro-negra sobre o Deportivo Capiatá (PAR), por 1 a 0.
Posteriormente, fez o gol que abriu o placar contra a Universidad Católica (CHI), no empate por dois gols no primeiro jogo da fase de grupos da competição continental. Depois, marcou o gol que deu a vitória ao clube no jogo contra o San Lorenzo (ARG).
Dois meses após ter encerrado seu vínculo com o clube, o Athletico voltou atrás – no início de 2018 – e anunciou novo contrato com o atleta que conseguiu exercer seu melhor futebol com o status de El Comandante.
Era madrugada do dia 13 de dezembro de 2018, quando o capitão Lucho e seus companheiros conquistaram a Copa Sul-Americana, levantando o troféu do primeiro título internacional da história do Furacão, sendo peça fundamental no esquema do técnico Tiago Nunes.
No ano seguinte, levantou sua segunda taça – também internacional – quando o Rubro-Negro campeão sulamericano goleou por 4 a 0 o Shonan Bellmare, no Japão (vencedor da Copa de Liga Japonesa, na época).
Se falatava uma conquista nacional… No dia 18 de setembro, há quase um ano, o Furacão sagrou-se campeão da Copa do Brasil, vencendo o Internacional nos dois jogos da final, numa trajetória épica e cheia de emoções.
Com o Campeonato Paranaense recém conquistado, Lucho – prestes a completar quatro anos vestindo o manto sagrado – levantou sua quarta taça pelo Athletico e a de número vinte e nove de sua carreira.
Somando 143 aparições, o argentino é campeão intercontinental, continental, nacional e, agora, regional, com a camisa rubro-negra.
Futuro
Recentemente, em entrevista, Lucho admitiu sentir-se muito bem no Athletico e que sua ideia é se aposentar no clube.
Depois, almeja brilhar do lado de fora das quatro linhas: pretende iniciar carreira como treinador.
Luis Óscar González. Lucho González. Lucho. El Comandante. “Animal competitivo”. São as facetas de um supercampeão, marcado para sempre na história vitoriosa e quase centenária do Furacão e na memória de todos os torcedores rubro-negros.