Urge um Furacão de mudanças
O comando técnico do Furacão conta, novamente, com o interino Eduardo Barros.
A diretoria rubro-negra optou pelo – até pouco tempo atrás – treinador da equipe de aspirantes (e que disputou parte do campeonato paranaense) para dirigir a equipe. Seu retorno ao comando técnico acontece amanhã (02/08, quarta-feira) contra o Bragantino, pela sétima rodada do Brasileirão.
Invicto na reta final do campeonato nacional de 2019, Eduardo assume o time enquanto a diretoria busca um comandante após demissão de Dorival Júnior.
O trabalho do interino será avaliado jogo após jogo e a direção estuda a possibilidade de efetivação de Barros como treinador da equipe principal.
Ao contrário do cenário tranquilo que encontrou ano passado após a saída de Tiago Nunes – do ambiente sem pressões e permeado de vitórias e pela conquista da Copa do Brasil -, o jovem treinador terá um grande desafio. Dorival Júnior foi desligado do Clube após quatro derrotas consecutivas do time para Santos, Palmeiras, Fluminense e São Paulo e um clima turbulento se instaurou internamente no Clube.
2019
Em Novembro, Barros substituiu Tiago Nunes – que aceitou o desafio de comandar o Corinthians.
Na época, Eduardo era o técnico mais jovem do Brasileirão, então com 34 anos.
Foram cinco vitórias e três empates à frente da equipe principal.
2020
A equipe de aspirantes do Athletico na primeira fase do Campeonato Paranaense ficou sob responsabilidade de Eduardo.
Pela necessidade de dar “rodagem” ao elenco e acelerar o processo de retorno às atividades após a parada forçada das competições – ocasionada pela pandemia do coronavírus -, o time principal retornou aos gramados a partir das quartas de final da competição regional, sob o comando do então técnico Dorival Júnior.
Retrospecto
Foram 16 jogos – disputados ao todo – sob o comando do Athletico. Eduardo Barros soma dez vitórias, três empates e três derrotas. Um aproveitamento de 68%.
No último jogo em que esteve à beira do campo, o Athletico foi derrotado pelo Coritiba.
Novos desafios
A ideia do “Jogo CAP” parece ter sido perdida. Ou, pelo menos, ficou no meio do caminho.
Não se vê mais aquele time que “provoca as linhas adversárias”. Tampouco a dinâmica de jogo que evita os “passes laterais” – tão fortemente combatidos quando desprovidos de finalidade. Muito menos consegue-se observar a ideia de um equipe agressiva, “vertical”, que busca o gol e finaliza.
O Athletico deste ano apresentou aos seus espectadores e torcedores um amontoado de jogadores em campo, com pontuais momentos de eficiência e que é dependente de peças individuais e de seus lances de rara felicidade.
Eduardo Barros tem, portanto, a nada fácil missão de reencontrar o estilo de jogo que permitiu as recentes glórias rubro-negras.
Para isso, ele conta com alguns jogadores remanescentes da equipe campeã da Copa do Brasil. Contudo, ocorreram importantes saídas de atletas que foram fundamentais nas conquistas recentes e muitos dos novos contratados ainda não apresentaram o resultado que deles se esperava.
Mais do que uma alteração no comando técnico ou no grupo de jogadores (com a possibilidade de negociação de alguns atletas), é necessário uma nova forma de se pensar o Futebol rubro-negro. Urge um furacão de mudanças.