21 set 2020 - 14h15

Por que a “revolução” custa tanto? Athletico tem as camisas mais caras do Brasil!

Na semana passada o Athletico lançou tardiamente seus novos uniformes. Com o slogan “Vista a Revolução”, o clube apresentou as camisas um e dois, além de uma edição especial toda preta (black edition), que já vinha há tempos sendo pedida pela torcida, e os fardamentos dos goleiros para a temporada 2020/2021.

Mantendo o novo padrão com listras diagonais, a camisa um é predominantemente vermelha, com as faixas pretas em degradê, escudo e números em prateado. Já a dois mudou pouco em relação à do ano passado, mas agora tem detalhes em vermelho nas listras, gola e mangas. Ponto alto da campanha, a black edition foi a que mais agradou a torcida. Já para os goleiros, a reestilização foi mais marcante e os desenhos das camisas, disponíveis nas cores laranja e azul, remetem aos fardamentos da década de 90.

Camisa preta edição especial.
Nova “black edition” conquistou a torcida [foto: Furacao.com]
Deixando de lado a polêmica criada entre os que gostaram ou não dos modelos, o que realmente chamou a atenção foram os preços dos novos mantos rubro-negros. As recém-lançadas camisas atleticanas estão sendo vendidas por absurdos R$ 319 para o público geral, enquanto os sócios podem levar cada uma por R$ 287,91. Um pouco mais em conta, a de goleiro custa R$ 259,90 para não sócios e R$ 233,91 para associados.

Camisa branca 2020/2021
Camisa dois é bem semelhante à anterior [Foto: Furacao.com]
Um rápido levantamento feito nas lojas oficiais dos clubes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro demonstra que o Athletico tem as camisas mais caras do Brasil! Dos 20 times, o único que pratica valores acima dos R$ 300 é o Furacão:

Athletico (Umbro): R$ 319,90 / R$ 287,91 (sócio)
Atlético/GO (marca própria): R$ 169,90
Atlético/MG (Le Coq): R$ 259,99
Bahia (marca própria): R$ 219,99
Botafogo (Kappa): R$ 299,90
Ceará (marca própria): R$ 229,90
Corinthians (Nike): R$ 249,99
Coritiba (marca própria): R$ 229,90
Flamengo (Adidas): R$ 249,99
Fluminense (Umbro): R$ 259,90
Fortaleza (marca própria): R$ 249,90
Goiás (marca própria): R$ 199,90
Grêmio (Umbro): R$ 259,90
Internacional (Adidas): R$ 249,99
Palmeiras (Puma): R$ 249,90
Red Bull Bragantino (Nike): R$ 249,99
Santos (Umbro): R$ 259,99
São Paulo (Adidas): R$ 249,99 / R$ 199,99 (promoção especial)
Sport (Umbro): R$ 259,90
Vasco da Gama (Kappa): R$ 269,90

Camisa de goleiro tem padrões geométricos que remetem aos anos 90.
Padrões geométricos marcam presença nas camisas de goleiro [Foto: Furacao.com]
Merece destaque o fato de que outros clubes que também têm a Umbro como fornecedora, tais como Fluminense, Santos, Grêmio e Sport, praticam preços bem mais em conta que o Rubro-Negro. A verdade é que o acréscimo no preço da camisa atleticana não parece ter explicação plausível. E apesar do momento de crise mundial provocado pela pandemia do coronavírus, o clube parece alheio às dificuldades enfrentadas pela população ao manter uma política de preços no mínimo questionável, enquanto seu sócio permanece pagando o valor cheio da mensalidade, sem qualquer desconto.

Não bastasse, os torcedores não têm podido acompanhar as partidas do seu time pela TV diante do imbróglio decorrente da MP 984. Distantes do estádio por conta da pandemia e carentes de uma definição com relação às transmissões, o atleticano é surpreendido com o lançamento extemporâneo de uma camisa cujo preço é proibitivo para a grande maioria da população brasileira. Enquanto isso, o time segue flertando com a zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro e apresentando um futebol de péssima qualidade dentro de campo.

* Com a colaboração de Patricia Bahr
* As opiniões do autor não refletem necessariamente o pensamento da Equipe Furacao.com



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